A ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 voltou a crescer em Belo Horizonte nesta quarta (24/3). Mais 10 unidades foram abertas na rede SUS e na rede privada, mas, ainda assim, a taxa subiu de 102,3% para 105,9%.
Dessa maneira, no contexto geral, BH tem 892 UTIs para infectados pelo novo coronavírus. Porém, são 945 pacientes com essa necessidade. Portanto, há um deficit de 53 leitos.
De acordo com a prefeitura, foram abertos seis leitos na rede SUS e outros quatro na suplementar. nesta quarta. Mas, a ocupação subiu nos hospitais públicos: de 93,8% para 97,7%.
Agora, BH dispõe de 477 UTIs em sua saúde pública. Dessas vagas, 466 estão em uso. Portanto, sobram apenas 11 para abrigar novos pacientes no SUS.
Já na rede privada são 415 unidades de terapia intensiva para 479 pacientes. Portanto, há um deficit de 64 vagas nesses hospitais: uma ocupação de 115,4%, a maior desde que a cidade colapsou.
Enfermarias e transmissão
A situação também é grave nas enfermarias para pacientes com COVID-19. A ocupação geral é de 89,6%. Assim, são 1.717 pessoas internadas nesses espaços, restando 199 leitos do tipo.
A exemplo das UTIs, a rede suplementar está em colapso nas enfermarias. A ocupação de 108% significa que há 825 pacientes para 764 vagas. Uma defasagem de 61.
Por outro lado, o quadro da rede SUS é melhor, ainda que também seja crítico. A taxa é de 77,4% de ocupação: restam 260 leitos dos 1.152 disponíveis.
Outro indicador fundamental, a transmissão do coronavírus, que vinha de queda nos últimos balanços, se manteve no mesmo nível dessa terça (23/3): 1,16.
Isso quer dizer que a cada 100 doentes, mais 116 pessoas se infectam na cidade. O índice está na fase de alerta, a intermediária da escala de risco.
Casos e mortes
Ainda sem computar as mortes do período do colapso, fato que só deve acontecer em abril, Belo Horizonte registrou dois óbitos pela COVID-19 nesta quarta.
Dessa maneira, a cidade totaliza 3.055 vidas perdidas. São 135.433 casos confirmados, 917 a mais que o informado nessa terça.