O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou nesta quinta-feira (25/03) uma operação com o objetivo de desbaratar uma organização criminosa que pratica crimes de 'pirâmide financeira', crimes contra relações de consumo e de lavagem de dinheiro, que teria dado um prejuízo de mais de R$ 60 milhões para mais de mil vítimas do esquema.
A operação, que recebeu o nome de 'Black Monday', teve início através das investigações da 8ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre, no Sul de Minas, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), depois de uma vítima da cidade apresentar a denúncia contra a organização criminosa.
Leia Mais
Polícia prende cabeças de golpe de pirâmide financeira em BHOperação conjunta mira tráfico e lavagem de dinheiro em Minas e São PauloCOVID-19: Governo de Minas inicia distribuição de nono lote de vacinasMPMG denuncia 27 pessoas por esquema de pirâmide financeira no interiorPirâmide financeira: quadrilha causou prejuízo de R$ 16 milhões em BHCorregedor do MP pede afastamento de promotores por uso indevido de verbaVeja como o tráfico de drogas lavava o dinheiro obtido ilicitamenteCOVID: Pouso Alegre bate recorde com 312 casos e 7 mortes em 24 horasEstima-se que, entre 2019 e 2020, o número de vítimas seja superior a mil e quinhentas pessoas, às quais teriam perdido a quantia de aproximadamente R$ 60 milhões.
Mandados de apreensão e de prisão
Segundo o MP, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e seis de prisão. Os mandados estão sendo cumpridos em cinco estados: Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia e Goiás. Dois carros de luxo, entre eles uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões, foram apreendidos no início da manhã. De acordo com o Gaeco, nenhum dos mandados está sendo cumprido em Minas Gerais. No estado existem várias vítimas da organização criminosa.
Estrutura da operação em 12 estados
A operação 'Black Monday' tem a participação do Ministério Público de 12 estados, contando com Minas Gerais, e do Ministério da Justiça, além de outros órgãos de apoio.
No total, participam da operação 26 Promotores de Justiça, 42 servidores dos Ministérios Públicos, 19 Delegados de Polícia, 91 Agentes da Polícia Civil, 30 Policiais Militares, um perito e nove Policiais Rodoviários Federais.
Após o encerramento das diligências será divulgado o número de pessoas efetivamente presas, inclusive em razão de flagrante, e dos bens apreendidos para reparação dos danos causados às vítimas.
Até o momento, a reportagem não conseguiu falar com as defesas dos citados pelo MMPG.