Um bar no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi interditado pela segunda vez em menos de 24h e acabou sendo multado em R$ 18 mil reais pela fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte nesta sexta-feira (26/3).
A reportagem do Estado de Minas flagrou o momento em que o Bar do Nem, na rua Aimorés, era fechado pelos fiscais e pela Guarda Municipal.
Uma denúncia feita na noite desta quinta-feira (25/3) levou a fiscalização ao local, por volta das 21h. No momento, o bar estava funcionando, com mesas nas calçadas e vendendo alimentos e bebidas. O dono do bar teria se recusado a colocar máscara e foi multado em R$ 100. O estabelecimento foi interditado, e teve as mesas recolhidas.
Nesta sexta, ao retornarem ao local, os fiscais constataram que o bar estava aberto e voltaram a interditar, aplicando a multa de cerca de R$ 18 mil. No momento, não haviam consumidores no local.
Desde o dia 13 de março, bares e restaurantes de Belo Horizonte só podem funcionar no sistema delivery e de portas fechadas. Além disso, a onda roxa do programa Minas Consciente, em vigor desde o dia 17 no estado inteiro, determina o toque de recolher entre 20h e 5h.
Outro lado
O dono do bar, o empresário Thiago Aquino, disse que abriu o bar para funcionar como delivery na tarde desta quinta. "À noite, eu havia feito uma consulta no site da Prefeitura de Belo Horizonte e encontrei um um decreto, não lembro o número, que regulamenta o funcionamento de bares e restaurantes como serviço essencial podendo funcionar atendendo a certos critérios como o distanciamento entre as mesas de dois metros, limpar o balcão com álcool gel dentre outras coisas", disse. "Eu afixei esta norma em um quadro do lado de fora do meu estabelecimento. Então estava com o comércio aberto para isso na parte da tarde", completou.
Segundo o dono do bar, a Guarda Municipal deu apenas cinco minutos para ele recolher todas as mesas, e fechar o estabelecimento na quinta-feira. Ele questionou sobre a norma com os fiscais, e foi informado que ela não valeria mais. Ele foi embora e deixou o estabelecimento ser fechado pelos fiscais da prefeitura. "Fui embora porque disseram que não poderia mais encostar em nada, mas não me disseram qual a irregularidade eu cometi", detalhou.
Na manhã desta sexta-feira (26/3) Thiago contou que voltou ao bar para verificar se os fiscais haviam deixado alguma autuação, mas não encontrou nenhum documento.
A Prefeitura de Belo Horizonte foi procurada, mas ainda não havia respondido a solicitação até a publicação deste texto.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria