Os dados, baseados nos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), mostram aumento de 39% entre 17 de março, quando começou a onda roxa, e a última quarta-feira (24/3).
De acordo com o professor de epidemiologia da Unifal e orientador da pesquisa, Sinésio Inácio da Silva, a média semanal de casos no primeiro dia de onda roxa era de 938. Uma semana após essa fase mais restritiva, a região somou 363 infectados pelo novo coronavírus, chegando à média de 1.301 registros.
“Considerando todo o sul mineiro, podemos ver que dos seus 154 municípios (100%), 100 (65%) municípios pioraram a situação em número de novos casos, 7 (5%) ficaram na mesma e 47 (30%) melhoraram. O Sul de Minas aumentou 39% a média semanal de casos nesse período entre início da onda roxa e uma semana depois”, afirma professor.
A pesquisa mostra que entre os 10 municípios mais populosos do Sul de Minas, Varginha se manteve na média de casos que já vinha apresentando antes do período analisado.
“A próxima semana será decisiva para podermos começar a dimensionar se a onda roxa será significativa para a diminuição do avanço do contágio ou não fará diferença em relação a medidas menos restritivas de movimentação social”, diz.
Os dados também apontaram um baixo índice de isolamento social na região. “Os números, infelizmente, são coerentes com o pouco tempo decorrido e o baixo índice de isolamento social vivido no estado (33%) e na Região Sul (32%). São necessários índices acima de 60% para maior efetividade no controle e diminuição dos casos, o que nunca aconteceu desde o início da pandemia em Minas Gerais”, ressalta.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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