Belo Horizonte completou, nesta sexta-feira (26/3), uma semana com suas UTIs para pacientes com COVID-19 em colapso. A ocupação dos leitos do tipo chegou a 107,5% neste boletim, a maior em mais de um ano de pandemia, com elevação de 1,8 ponto percentual em relação ao balanço dessa quinta (25/3).
Conforme o balanço, BH tem 924 leitos do tipo. Porém, há 993 com necessidade de internação nas UTIs. O deficit é de 69 vagas.
De acordo com a prefeitura, mais sete leitos foram abertos na rede SUS. Ainda assim, a taxa de uso dos leitos de UTI da saúde pública se elevou de 95,9% para 96,6%.
BH dispõe, agora, de 494 leitos de terapia intensiva nos hospitais do SUS. Portanto, 477 abrigam um paciente, restando apenas 17 vagos.
Desde o dia 1º de março, a prefeitura informa que abriu 211 leitos do tipo. Ainda assim, a alta demanda não permite que a ocupação diminua. Esse foi o 23º balanço consecutiva com a estatística na zona crítica, acima dos 70% de ocupação.
Na rede suplementar, não houve abertura de novos leitos. Mas, a demanda aumentou novamente, o que fez a ocupação disparar para 120%.
Portanto, há 516 pacientes para 430 leitos de UTI nos hospitais privados. Um deficit de 86 vagas. Essa taxa de uso também é recorde da cidade.
Outros indicadores
A taxa de ocupação das enfermarias para COVID-19 também apresentou crescimento nesta sexta: de 86,8% para 88,5% na soma entre o SUS e a rede suplementar.
Novamente, a situação é mais grave nos hospitais privados, que registram percentual de uso de 108,2%. São 875 pacientes para 809 leitos, uma defasagem de 66.
Por outro lado, no SUS a ocupação é de 75,3%. Restam 296 espaços clínicos nesses hospitais.
Outro indicador fundamental, a taxa de transmissão do coronavírus caiu na cidade: de 1,16 para 1,14. O parâmetro permanece na zona intermediária da escala de risco, entre 1 e 1,2.
Isso quer dizer que a cada 100 infectados na cidade, mais 114 pessoas se tornam vítimas da pandemia.
Casos e mortes
Belo Horizonte bateu outro recorde nesta sexta. A cidade registrou o maior aumento de mortes por COVID-19 entre um boletim e outro: 59 óbitos foram incluídos no balanço.
Portanto, a cidade chegou à marca de 3.145 vidas perdidas para o novo coronavírus.
O número de casos alcançou 138.127. São 1.198 diagnósticos a mais que no levantamento dessa quinta.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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