A expansão dos casos e mortes por coronavírus e o caos enfrentado pelos hospitais farão com que Belo Horizonte tenha um domingo ainda mais deserto. O Decreto Municipal 17.572, assinado pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), vai impedir o funcionamento de algumas atividades considerada essenciais, como supermercados, sacolões e padarias.
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COVID-19: 2 cidades mineiras estão em ranking das menores taxas de mortesCOVID-19 tem novo recorde em MG com 479 mortos em 24 horasBH fecha mais praças para evitar aglomeraçõescoronavirusbhChuva e calor em BH e alerta de baixa umidade no estadoMáscaras PFF2: o que você deve saber sobre essa siglaA medida é mais uma tentativa de o município amenizar a difícil situação no controle à doença, que tomou proporções gigantescas em março. A capital mineira contabilizou 3.145 mortes e soma mais de 138 mil casos da doença desde março do ano passado. A ocupação das UTIs está atualmente em 107,5%, enquanto 88,5% das enfermarias são usadas pelos pacientes.
Além dos centros de saúde, as atividades que poderão funcionar normalmente são farmácias, postos de combustíveis, óticas, comércio de artigos veterinários e lojas de artigos ortopédicos. Bares, lanchonetes e restaurantes poderão funcionar no sistema de delivery. A nova determinação valerá aos domingos, por tempo indeterminado.
Por outro lado, estão proibidos a abertura de padarias, supermercados, casas de carnes, mercearias, lojas de material elétrico e hidráulico, agências bancárias, casas lotéricas, bancas de jornais, agências de correios e telégrafos, comércio de laticínios e frios, peixarias e indústrias em geral.
A determinação do fechamento de várias atividades essenciais provocou uma correria em supermercados neste sábado (27/3), com alguns pontos de aglomerações.
Na visão do médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Estevão Urbano, a nova regra é muito importante para evitar aglomerações aos domingos. Ele afirma que, diante de uma situação de emergência, vale tentar fazer qualquer coisa para diminuir o caos da COVID-19.
“Chegamos num cenário onde já há justificativa para tudo. Quando o colapso chega, qualquer medida é justificável. Quando se coloca tudo na balança, vemos o que é possível ser feito. Boa padre do movimento é de pessoas que trabalham nos serviços essenciais, um volume grande de pessoas que vão para os hospitais, clínicas, padarias e supermercados. É difícil mexer esse volume. Muita coisa já está fechada. O objetivo é diminuir o movimento, já que as pessoas tendem a sair mais de casa no domingo.”
“Estamos pedindo para todo mundo ir para o home office. Não tem muito o que fazer, a não ser fiscalizar. Não podemos decretar um lockdown completo, com padarias e supermercados fechados diariamente. Mas fazemos uma situação extra para tentar diminuir um pouco o contágio”, acrescenta o médico, integrande do comitê de enfrentamento ao coronavírus na capital ao lado dos também infectologistas Carlos Starling e Unaí Tupinambás e do secretário municipal de saúde, Jackson Machado Pinto.
Atividades não-essenciais já não poderiam abrir as portas desde 6 de março. Aparecem na lista lojas de vestimentas, bares e restaurantes (consumo no local), setor de eventos, cinemas, feiras, shoppings, clubes de lazer, clínicas de estéticas e salões de beleza, parques de diversão, feiras, escolas e academias.
O que pode funcionar
- Artigos farmacêuticos
- Combustíveis para veículos automotores
- Artigos farmacêuticos, com manipulação de fórmula
- Artigos de ótica
- Artigos médicos e ortopédicos
- Comércio de medicamentos veterinários
O que não pode funcionar
- Padarias
- Supermercados
- Casas de carnes
- Mercearias
- Lojas de material elétrico e hidráulico
- Agências bancárias
- Casas lotéricas
- Bancas de jornais
- Agências de correios e telégrafos
- Comércio de laticínios e frios
- Peixarias
- Indústrias em geral
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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