Com aumento de 121% de casos de coronavírus nos três primeiros meses de 2021, Belo Horizonte contabilizou a primeira morte na faixa etária de 15 aos 19 anos. A vítima foi uma mulher que teve síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que evoluiu para COVID-19.
Ela foi uma das 59 vidas perdidas registradas na capital mineira nessa sexta-feira (26/3), maior número em 24 horas desde o início da pandemia. Neste sábado (27/3), a prefeitura de BH não divulgou balanço oficial.
No pior momento da pandemia, a tendência é que a capital estabeleça novo recorde de óbitos no próximo boletim, por causa das mortes computadas no fim de semana.
Belo Horizonte já havia registrado dois óbitos de crianças, nas faixas etárias de 1 a 4 anos e de 10 a 14 anos, pela COVID-19. A maior proporção de mortes é de idosos acima de 60 anos (2.620), correspondendo a 83,5% do total. As vítimas de 20 a 39 anos são 66,2% das mortes.
O aumento de casos é uma preocupação a mais para o comitê de enfrentamento ao novo coronavírus, composto pelos infectologistas Estevão Urbano, Carlos Starling e Unaí Tupinambás, além do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado.
Até agora, foram mais de 138 mil infectados na cidade, o que levou o prefeito Alexandre Kalil (PSD) a determinar o fechamento de atividades essenciais neste domingo (28/3), como padarias, açougues e supermercados.
"É algo que nos preocupa. Hoje temos uma nova cepa circulando livremente na capital. Estamos tentando nos proteger deste aumento de casos dentro do que é possível”, ressalta Estevão Urbano, que também é presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SBI).