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Estado de Minas COVID-19

Máscaras PFF2: o que você deve saber sobre essa sigla

A preço acessível, proteção facial garante maior bloqueio contra o novo coronavírus em situações de maior risco. Ela é equivalente à N95


28/03/2021 04:00 - atualizado 28/03/2021 11:11

A máscara do tipo PFF2 é recomendada porque protege melhor que as de tecidos(foto: Hudson Brazil/Divulgação)
A máscara do tipo PFF2 é recomendada porque protege melhor que as de tecidos (foto: Hudson Brazil/Divulgação)

Enquanto o Brasil vivencia o pior momento da pandemia, com variantes do novo coronavírus possivelmente mais transmissíveis e letais, e a vacinação segue em ritmo lento, cresce a importância de manter cuidados para limitar a escalada da COVID-19. E, no caso de um dos mais importantes itens para isso, há novas orientações.

Embora as máscaras de pano continuem se mostrando como meio de proteção mais acessível e tenham eficácia na prevenção, autoridades em saúde têm recomendado produtos de uso profissional para situações de risco para a doença: as proteções faciais de padrão N95, como são chamadas nos Estados Unidos, ou PFF2, em denominação no Brasil para máscara equivalente.

 

Sobre essa forma de proteção, o conhecimento de que ajuda a evitar o contágio por infecções respiratórias é acumulado pela experiência de anos em relação a outras doenças.

No caso atual do novo coronavírus, as informações são ainda mais completas, e confirmam que a máscara, quando de boa qualidade e bem utilizada, é ferramenta importante para evitar a disseminação da COVID-19.

 

Nos EUA, a nomenclatura N95 indica as máscaras de uso profissional. No Brasil, as similares PFF2 (peça facial filtrante) têm proteção correspondente.

São esses os modelos considerados os que mais garantem barreira contra a inalação de vírus e bactérias – são capazes de filtrar aproximadamente 99% das gotículas que podem conter algum agente patogênico.

 

E os produtos são facilmente encontrados no mercado, a preços razoáveis. A atenção deve ser em observar a manutenção da vedação e sobre desgastes que podem interferir na funcionalidade. E, caso o uso for constante, é indicado ter mais do que uma única máscara.

 

 

Ambientes perigosos


As PFF2 são tidas como uma escolha eficiente para proteger grupos de risco, e ainda quando existe exposição a ameaças maiores, que não podem ser evitadas, como em viagens, ingresso no transporte público ou estar em ambientes fechados com outras pessoas.

 

 

A virologista Jordana Alves Coelho dos Reis, do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lista algumas diferenças entre as máscaras similares à N95 e as feitas em pano.

Segundo a especialista, a PFF2 é projetada para conter micropartículas, como as gotículas de saliva, principais responsáveis pela disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), além de microaerossóis (partículas ainda menores que as gotículas, que permanecem suspensas no ar por algumas horas e podem também conter o vírus e transmiti-lo pela respiração).

 

“As máscaras profissionais são desenhadas para maior proteção. São mais fechadas no nariz, têm uma vedação mais eficiente, principalmente nas extremidades (onde as de pano não vedam tanto), não deixam buracos, além do fato de que os elásticos por trás da cabeça também melhoram a proteção. De forma geral, isolam mais o nariz e a boca do ambiente externo. Tudo isso é comprovado cientificamente em testes de engenharia biomédica”, explica Jordana.

 

A virologista lembra, no entanto, que nem por isso as máscaras de pano não são eficazes. “Pelo contrário: pesquisas indicam que também são eficientes, com ação na diminuição do número de casos”, pontua.

Jordana cita estudos comparativos entre grupos de pessoas que vêm usando ou não as máscaras. “O número de infectados em regiões que respeitam o uso das máscaras é bem menor. Importante é que se faça o uso adequado.”

 

Um porém, conforme a virologista, é que os modelos similares à N95 são os mais recomendados para profissionais de saúde e quem está na linha de frente. Se disseminado o uso para a população em geral, há receio de que haja escassez da proteção para grupos prioritários.

 

“Em algumas situações, pode acontecer o uso sem tanta necessidade, como uma pessoa que sai para caminhar sozinha, por exemplo. Se todos começarem a usar essa máscara o tempo todo, no momento em que o hospital, a farmácia, o posto de saúde precisarem comprar, pode faltar, ou o preço aumentar muito. É a relação demanda e oferta. A indicação é priorizar profissionais da linha de frente. Lembrando que as máscaras de pano também têm seu valor”, pondera.

Máscaras de pano

As máscaras de pano continuam sendo preconizadas para o público comum, como indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Conforme orientam os órgãos, quem for de grupo de risco deve recorrer também às máscaras cirúrgicas, usando as duas juntas quando estiver em local fechado, com pouca ventilação.

 

Artigo da revista científica Aerosol Science and Technology, de dezembro de 2020, coordenado por especialistas do CDC, dá conta de que as máscaras fabricadas com três camadas de tecido de algodão conseguem barrar 51% dos aerossóis que o indivíduo eventualmente expele ao tossir, enquanto para uma máscara cirúrgica esse índice é de 59%.

 

Sobre as variantes do novo coronavírus, Jordana Coelho cita a maior capacidade de ocasionar infecção depois de encontrar as células da mucosa.

 “Para a pessoa ser infectada, os aerossóis e as gotículas precisam alcançar o rosto. O vírus só atuaria da máscara para dentro, por isso máscara e distanciamento são importantes.”


O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp


Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
  

Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:


 

 

 

 

 


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