Jornal Estado de Minas

TRANSPORTE PÚBLICO

Ônibus em Uberlândia não poderão circular com passageiros de pé



Os ônibus do transporte pública do Município de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, não poderão mais circular com passageiros em pé.



A limitação foi anunciada pela secretaria municipal de Trânsito e Transporte (Settran), como medida para tentar reduzir a lotação nos veículos e, assim, evitar contaminações por coronavírus nesse tipo de aglomeração. Carros lotados foram grande motivo de reclamação por parte de trabalhadores que precisam do sistema de transporte.
 
A medida passa a valer neste domingo (28/3) e assim que os assentos forem ocupados, os motoristas não terão permissão de pararem os veículos para embarcar mais passageiros. A determinação vale tanto para embarques em pontos pelas ruas, cabines nos corredores do transporte público ou mesmo terminais.
 
Terão prioridade no acesso aos veículos do transporte público coletivo urbano do Município, todos os trabalhadores da área de saúde, mediante apresentação de documento funcional.




A medida foi tomada após decisão judicial e poderá sofrer alterações a qualquer momento.
 
Segundo a resolução municipal, não haverá aumento no número de veículos para suprir a menor capacidade de cada ônibus. “O Município designará a frota estimada para atendimento da demanda, limitado à quantidade máxima de veículos operacionais disponíveis no contrato”, afirma a publicação.
 
Os fiscais atuarão em primeiro momento nas plataformas e ao longo do itinerário a concessionária deverá adotar medidas necessárias para o cumprimento da determinação e, se preciso for, a Polícia Militar poderá ser acionada.
 

Lotação

Desde que a restrição de circulação e de funcionamento do comércio em Uberlândia foram adotadas, flagrantes de ônibus e terminais cheios foram comuns na cidade, uma vez que muitas empresas ainda continuaram funcionando internamente e trabalhadores continuaram circulando. Segundo a Settran houve uma redução máxima de 35% no número de carros por parte das empresas.




 
Sobre o não aumento da frota, o secretário de Trânsito e Transporte, Divonei Gonçalves, pediu compreensão. “Vamos tentar utilizar os letreiros dos ônibus para informação (sobre lotação). A medida não é só válida ao longo do itinerário, mas também dentro dos terminais. É importante que as pessoas dentro dos terminais tenham essa compreensão”, afirmou o secretário.

 
Greve

Por 17 dias, o transporte público de Uberlândia funcionou com redução de veículos, girando em trono de 40% a 60% do total de carros. A greve chegou ao fim neste sábado com acordo das empresas e trabalhadores, com reajuste de 5,45% e do tíquete alimentação, mas com a expectativa de aumento da passagem dos ônibus. Este último ponto ainda será acertado com o poder público.

audima