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Estado de Minas EM MEIO À PANDEMIA

Sem pacientes, Santa Casa de Carmo da Mata é alvo de críticas; entenda

Hospital informa que não tem rede de gás medicinal, respiradores e monitores para internar pacientes com COVID-19; vereador pede abertura de leitos


29/03/2021 15:40 - atualizado 29/03/2021 19:47

Os primeiros atendimentos dos pacientes com COVID-19 são feitos na Santa Casa de Carmo da Mata, que não tem estrutura para internação nesses casos(foto: Reprodução/Youtube)
Os primeiros atendimentos dos pacientes com COVID-19 são feitos na Santa Casa de Carmo da Mata, que não tem estrutura para internação nesses casos (foto: Reprodução/Youtube)
A Santa Casa de Misericórdia em Carmo da Mata, região Centro-Oeste de Minas Gerais, tem sido alvo de críticas por estar com os leitos completamente vazios em plena pandemia e com hospitais da região com ocupação acima de 100%. A unidade não integra o plano de contingência de enfrentamento à COVID-19 da macrorregião Oeste.

 

O empecilho para adaptar o hospital para receber pacientes infectados pelo novo coronavírus seria a Certidão Negativa de Débito (CND). Sem ela, não há como o hospital receber repasses do governo estadual. 

 

O diretor-administrativo da unidade de saúde Antônio Afonso Bernardo Junior, confirmou que a Santa Casa tem débitos que somam R$ 1,5 milhão de gestões passadas. “Nosso escritório de advocacia está tentando ver o que é possível fazer. Estamos falando de débitos de gestões anteriores de 20 anos”, explicou. A partir de repasses do estado, seria possível a unidade equipar-se para receber pacientes de baixa complexidade.

 

“Poderíamos atender pacientes não COVID, pois a gente consegue fazer isso sem montar CTI, equipes com infectologistas (...) Esses pacientes poderiam ser trazidos para cá e desafogaria os demais hospitais para atender COVID”, afirmou Bernardo Junior.

 

O diretor descartou qualquer possibilidade de integrar o plano de contingência do estado. Disse que a estrutura física e pessoal não é suficiente para a complexidade dos casos do novo coronavírus. Entretanto, os primeiros atendimentos dos pacientes são feitos na unidade. Quando necessário, a central de regulação é acionada para transferência.

 

Transmissão ao vivo 

 

Vereador de Divinópolis, na mesma região, Diego Espino (PSL) fez uma transmissão ao vivo direto da unidade questionando a ociosidade enquanto cidades vizinhas amargam a superlotação.


Na live feita no final da noite desse domingo (28/3), Espino mostrou o hospital com as portas fechadas. Ao chamar, foi atendido por uma das funcionárias que confirmou a informação de que não havia nenhum paciente internado ou aguardando qualquer atendimento. “Olha o tamanho desse lugar e não tem nenhuma pessoa aqui, ninguém”, enfatizou. 

 

Ele percorreu os corredores, entrou em algumas salas mostrando equipamentos parados, dentre eles um utilizado para intubar pacientes e também um desfibrilador. A unidade conta ainda com uma sala de Raio X e um necrotério.

 

“Lá, em Divinópolis, estamos montando um hospital de campanha, mas fiquei sabendo que aqui a gente poderia estudar a forma de trazer para cá. O pessoal está precisando de ser atendido com urgência”, afirmou na live.

 

Prefeitos da região estão articulando junto ao estado a abertura de uma ala mais avançada do hospital regional – com obras paradas –, em Divinópolis, para receber pacientes diagnosticados com a COVID-19. “Ao invés de pegar um hospital que já está pronto aqui”, criticou Espino.

A construção levaria cerca de 30 dias após a liberação do recurso pelo estado. São necessários R$ 3,6 milhões para estrutura e cerca de R$ 950 mil por mês para custear.

 

Nesta segunda-feira (29/3), o vereador se reuniu com a provedora da Santa Casa de Carmo da Mata e voltou a dizer que a unidade comportaria leitos de enfermaria. 

 

Sem estrutura física

“Algumas informações que o vereador passou não condizem com a realidade. Ele mostrou cilindros de oxigênio vazios. O que ele colocou: 'por que os pacientes de COVID não vêm para cá?'. Como que traz para um hospital que não tem estrutura para que ele sobreviva?”, disparou o diretor-administrativo da unidade de saúde Antônio Bernardo Junior.

 

O hospital tem 24 leitos clínicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e recebe o teto mínimo do governo federal, R$ 4 mil por mês. Do município, recebe por produção para urgência e emergência e a média de valor é sazonal.

 

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a Prefeitura de Carmo da Mata confimam que o hospital não tem estrutura física para receber pacientes diagnosticado com a COVID-19. Esse seria o principal motivo para deixá-lo de fora do plano de contingência.

 

“Não possui aparelhagem, tampouco conta com quadro de profissionais suficientes para fazer atendimento de internação”, explicou a prefeitura em nota.


Para abertura de leitos COVID são necessários respiradores e um médico horizontal – disponível para acompanhar pacientes intubados. A Santa Casa não possui ar comprimido e oxigênio em rede. As balas de oxigênio que aparecem no vídeo do vereador, segundo o município, não suportam os respiradores.

 

“Diante da situação atual do hospital e da gravidade do que está acontecendo em nosso país, não há como manter um paciente com coronavírus apenas com o oxigênio de bala”, declarou a nota.

 

Ainda segundo a nota da prefeitura, se houvesse a possibilidade de internar pacientes com COVID a prioridade seria para os moradores locais. “O que não é possível e pode ser observado quando Carmo da Mata possui pacientes internados em outras cidades”, informou.

 

Carmo da Mata foi alocado pelo governo do estado, no início da pandemia, na microrregião de Oliveira que, além dos dois municípios já citados, constam São Francisco de Paula, Santo Antônio do Amparo, Carmópolis de Minas e Passa Tempo.

 

Para ajudar, o município emprestou à Oliveira dois respiradores. “Carmo da Mata consegue atender e estabilizar os pacientes, só não consegue manter internação”, explicou. A taxa de ocupação hospitalar bateu 100% no município vizinho. 

 

Requisitos técnicos 

 

A SES-MG alega que a unidade “tem perfil de atendimento de baixa complexidade hospitalar” e por isso não integra o plano de contingência.


Além disso, ela não conta com rede de gás medicinal hospitalar (que possibilita a chegada de oxigênio a pacientes, por exemplo), respiradores e monitores em quantidade suficiente. A unidade também não dispõe de equipes médicas para atendimento 24 horas.

 

“A disponibilidade de um leito hospitalar, seja clínico ou de terapia intensiva, especialmente para tratamento de pacientes com COVID-19, requer o cumprimento de normas técnicas e equipamentos específicos, que não são oferecidos pelo Hospital Olinto Ferreira”, informou a SES-MG.


Ainda segundo a secretaria, apenas na macrorregião Oeste, da qual faz parte Carmo da Mata foram abertos 153 leitos de UTI desde o início da pandemia, passando de 109 para 262 leitos.

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

 

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

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Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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