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Estado de Minas PANDEMIA

Ocupação dos leitos de UTI cai em BH, mas continua acima dos 100%

Queda foi puxada pela abertura de 113 vagas do tipo na cidade, a maior parte na rede particular, na qual a taxa de uso caiu de 120% para 104,7%


29/03/2021 17:11 - atualizado 29/03/2021 19:10

Centro de BH nesta segunda-feira (29/3): mesmo com o sistema de saúde em colapso, algumas pessoas ainda circulam sem máscaras(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Centro de BH nesta segunda-feira (29/3): mesmo com o sistema de saúde em colapso, algumas pessoas ainda circulam sem máscaras (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Melhorou, mas o sistema de saúde de Belo Horizonte continua em colapso. Nesta segunda-feira (29/3), a cidade registra ocupação de 100,7% dos seus leitos de UTI globais para COVID-19, na soma entre a rede pública e a privada. Houve uma queda considerável, já que o indicador media 107,5% nessa sexta (26/3).

 

 

 

A queda no percentual foi puxada pela abertura de 113 leitos na cidade: 81 pelo setor empresarial e 32 pela prefeitura.

 

Agora, a capital mineira dispõe de 1.037 vagas do tipo entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os hospitais privados. Porém, 1.044 pacientes necessitam desse atendimento, o que significa deficit ainda de sete leitos.

 

No SUS, a taxa de uso das vagas em UTIs é de 96,8%. Apesar da abertura dos 32 leitos, a ocupação sofreu leve aumento em relação ao balanço dessa sexta, quando a prefeitura contabilizou 96,6%.

 

 

 

Na prática, o SUS oferece 526 leitos do tipo para pacientes com COVID-19. Desses, 509 estão em uso, sobrando 17.

 

Quanto aos hospitais privados, houve queda no percentual: de 120% para 104,7%. São 535 pacientes para 511 vagas, defasagem de 24 leitos.

 

Isso quer dizer que alguns pacientes que precisam de terapia intensiva estão em outros espaços dessas unidades de saúde, como enfermarias e salas de emergência. 

 

Alívio nas enfermarias

 

Depois de seis balanços em sequência, a ocupação dos leitos de enfermaria na rede suplementar deixou a zona de colapso. O indicador apresenta taxa de 92,6%.

 

Para efeito de comparação, o parâmetro media 108,2% nessa sexta. A queda vertiginosa aconteceu graças ao aumento na oferta de leitos: são 160 a mais que no balanço anterior.

 

A ocupação global, a soma entre a redes pública e privada, é de 85,6%. Em números absolutos, 1.835 das 2.144 enfermarias estão em uso. Ou seja, há 309 disponíveis.

 

Outro indicador fundamental, a taxa de transmissão do novo coronavírus caiu de 1,14 para 1,11 nesta segunda. Mas permanece na zona de alerta da escala de risco, entre 1 e 1,2.

 

 

 

O dado atual significa que a cada 100 infectados pelo novo coronavírus em BH, mais 111 pessoas se tornam vítimas da pandemia em média.

 

Casos e mortes

 

Após bater recorde de registro de mortes nessa sexta, quando mais 59 óbitos entraram para o balanço, BH contabilizou mais 22 mortes nesta segunda. A cidade soma agora 3.167 vidas perdidas para a COVID-19.

 

Quanto ao número de casos, o salto foi de 1.171: passou de 138.127 para 139.298. Além das mortes, são 6.739 pessoas na fase ativa da doença e 129.392 já recuperadas. 

 

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?



Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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