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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: Hospitais de Valadares fazem 'uso racional' de medicamentos

A medida, segundo a prefeitura, é para evitar a falta de medicamentos essenciais neste momento de colapso. Ainda não há risco de faltar oxigênio


29/03/2021 17:07 - atualizado 29/03/2021 20:43

Profissionais que atuam no Hospital Bom Samaritano em foto de 2020, feita para a campanha, permanente, em favor do isolamento social(foto: Hospital Bom Samaritano/Divulgação)
Profissionais que atuam no Hospital Bom Samaritano em foto de 2020, feita para a campanha, permanente, em favor do isolamento social (foto: Hospital Bom Samaritano/Divulgação)
Com o aumento do número de casos de COVID-19 e também do número de mortes pela doença, aumentou também o temor em relação à falta de medicamentos e, principalmente, oxigênio, necessários ao tratamento dos pacientes acometidos pela doença. 

A Prefeitura de Governador Valadares informou que mesmo com 100% de ocupação dos leitos públicos de UTI COVID-19, "a gestão do Hospital Municipal (HM) continua fazendo uso racional de insumos e oxigênio, mediante um plano de contingência emergencial para evitar falta desses materiais". 

Para evitar a falta de medicamentos e insumos, aumentou os pedidos por meio de processo licitatório, mas tem encontrado dificuldades para fazer as compras nos laboratórios devido à indisponibilidade nacional, conforme divulgado pela Anvisa.

"É importante destacar que, se não houver a colaboração da população e não melhorarmos nossos índices de ocupação dos leitos, a situação pode se agravar e infelizmente chegaremos a esta situação de falta de medicamentos e insumos", informou a prefeitura, em nota.
 

Falta de medicamentos 


A Beneficência Social Bom Samaritano (BSBS), mantenedora do Hospital Bom Samaritano (HBS), que também atende aos pacientes com COVID-19 pelo SUS, reconheceu a gravidade da situação e esclareceu que, em 18 de março, comunicou ao Ministério Público que poderia faltar medicamentos no hospital.
 
Listou medicamentos como midazolan, fentanila, enoxaparina e propofol, importante para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e para as cirurgias indispensáveis, que continuam sendo realizadas no HBS, já que os medicamentos foram comprados em fevereiro e o fornecedor não havia entregue ainda, sem previsão de data para faturar. 

Sem solução para um problema que não é local, mas nacional, o conselheiro da BSBS, Renato Fraga, em reunião com os gestores da saúde do governo de Minas, conseguiu algumas doses, mas o suficiente apenas para uma semana.

Na sequência, o HBS passou a utilizar a segunda linha de medicamentos, em substituição aos tradicionalmente aplicados em sua UTI e cirurgias. 

O kit intubação não está em falta hoje, no Hospital Bom Samaritano. Mas, o paciente acometido pela COVID-19, no período pós-intubação, precisa de medicamentos contínuos por vários dias, e alguns desses remédios já estão em falta no mercado nacional e no HBS. Se não houver reposição, outros podem vir a faltar. 
 

Oxigênio 

 
Apesar do momento caótico, a BSBS esclareceu que não há risco de faltar de oxigênio no HBS e explicou que o abastecimento dos leitos do hospital é todo feito via tubulações. 

"O fornecedor abastece um tanque, que é monitorado por satélite e, toda vez que chega ao nível que precisa ser restabelecido, imediatamente o fornecedor envia o caminhão. Os cilindros de oxigênio só são usados em necessidade de trânsito do paciente", informou em nota.
 
Segundo a BSBS, a produção do oxigênio está em fábrica localizada em Timóteo e Barão de Cocais, cidades próximas da sede de seu complexo hospitalar.


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