O número de pessoas infectadas pela COVID-19 vem crescendo em São Lourenço, no Sul de Minas. O prefeito da cidade, Walter José Lessa, adotou o ‘tratamento precoce’ contra o novo coronavírus e apareceu em vídeos afirmando que zerou internações e mortes no município. O caso repercutiu nas redes sociais e é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Dados do último boletim municipal mostram que, no último mês, São Lourenço somou 436 pessoas infectadas pela COVID-19 e mais 8 mortes confirmadas pela doença. A cidade tem 2.795 casos positivos do novo coronavírus e 56 óbitos. Além de 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Leia Mais
COVID-19: Valadares registra mais 10 mortes e tem 40 na fila da UTIZema: 'COVID em MG cresce mais do que a capacidade de abertura de leitos'No pior momento da COVID-19, Minas está entre os estados que menos vacinamVereadores de cidade mineira sugerem tratamento precoce contra a COVID-19Menina de 8 anos que sumiu em Santa Luzia reaparece; caso ainda é mistérioCOVID-19: Após aglomerações, idosas serão vacinadas primeiro em Varginha
“Deixar as pessoas morrerem sem fazer nada ou começar o tratamento tardiamente, então, nós instituímos um protocolo. Eu percebi que esses pacientes estavam evoluindo muito mal até começar o tratamento de fato”, afirmou prefeito.

“O tratamento precoce deve ser instituído para evitar as complicações que levam o paciente à ala da COVID-19, em seguida UTI, com desfecho às vezes fatal", afirmou prefeito em vídeo publicado nas redes sociais.
Com UTI lotada, o município aderiu à onda roxa do Programa Minas Consciente. De acordo com a prefeitura, os pacientes não são moradores da cidade e sim da macrorregião. “Esse tratamento é opcional e não é obrigatório. Mas uma série de medidas estão sendo tomadas pelo município para conter o avanço da doença e não só o tratamento precoce”, explica assessoria de imprensa.
Investigação
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou no caso no dia 19 de março depois que recebeu algumas denuncias sobre o ‘tratamento precoce’. O Estado de Minas entrou em contato com órgão para saber detalhes e o andamento das investigações, mas até o momento, não teve retorno.
Ainda segundo a prefeitura, a administração municipal está fazendo a defesa e não tem novidades.