
Dados do último boletim municipal mostram que, no último mês, São Lourenço somou 436 pessoas infectadas pela COVID-19 e mais 8 mortes confirmadas pela doença. A cidade tem 2.795 casos positivos do novo coronavírus e 56 óbitos. Além de 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Para conter o avanço da doença, o prefeito da cidade, Walter José Lessa, adotou o ‘tratamento precoce’ contra o novo coronavírus. Ele afirmou que a combinação dos medicamentos: azitromicina, ivermectina, dexatametazona, zinco e vitamina D zerou internações e mortes de moradores do município. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro comemoraram e apoiaram a ação.
“Deixar as pessoas morrerem sem fazer nada ou começar o tratamento tardiamente, então, nós instituímos um protocolo. Eu percebi que esses pacientes estavam evoluindo muito mal até começar o tratamento de fato”, afirmou prefeito.

“O tratamento precoce deve ser instituído para evitar as complicações que levam o paciente à ala da COVID-19, em seguida UTI, com desfecho às vezes fatal", afirmou prefeito em vídeo publicado nas redes sociais.
Com UTI lotada, o município aderiu à onda roxa do Programa Minas Consciente. De acordo com a prefeitura, os pacientes não são moradores da cidade e sim da macrorregião. “Esse tratamento é opcional e não é obrigatório. Mas uma série de medidas estão sendo tomadas pelo município para conter o avanço da doença e não só o tratamento precoce”, explica assessoria de imprensa.
Investigação
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou no caso no dia 19 de março depois que recebeu algumas denuncias sobre o ‘tratamento precoce’. O Estado de Minas entrou em contato com órgão para saber detalhes e o andamento das investigações, mas até o momento, não teve retorno.
Ainda segundo a prefeitura, a administração municipal está fazendo a defesa e não tem novidades.