Jornal Estado de Minas

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Operação Raposa no Galinheiro liberta galos de maus tratos em Minas

Um fiscal de posturas do município de Guanhães, que criava galos de briga em péssimas condições, vai ter de explicar à Justiça os motivos que o levaram a praticar maus tratos contra esses animais.





Ele foi alvo da operação Raposa no Galinheiro, desencadeada na manhã desta terça-feira (30/3), em Guanhães, no Vale do Rio Doce, pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e Polícia Militar. O nome da operação faz referência ao lugar onde foi feita a busca e apreensão, um galinheiro, na propriedade desse fiscal.

O local era sujo e insalubre, com os animais presos em caixas de madeira, sem água ou ração para a alimentação. Alguns galos estavam com lesões nos olhos, na crista e no corpo, confinados em caixas de madeira, sujas e sem ventilação. 

O curioso é o galinheiro pertencer a um fiscal de posturas, que deveria fiscalizar o cumprimento do Código de Posturas do Município de Guanhães, que proíbe a criação de animais no perímetro urbano. Os fiscais da Vigilância Sanitária, que atuaram na operação, encontraram na propriedade do fiscal objetos e instrumentos usados em rinhas de galo. 





Durante toda a manhã, fiscais da vigilância sanitária e de posturas do município de Guanhães permaneceram no local para desativar o galinheiro e o criadouro de galos e para retirar lixos, entulhos e gaiolas.
 
O investigado foi preso em flagrante, tendo a fiança arbitrada em R$1.500,00. Confessou e admitiu que há galos avaliados em até R$ 3.000,00. Foram encontrados 41 galos, vítimas de maus-tratos. 2 galos estavam cegos, 1 parcialmente cego e 1 com ferimentos no peito.  

O fiscal de posturas responderá pelo crime ambiental de maus tratos (artigo 32 da Lei n. 9605). A Promotoria de Meio Ambiente vai instaurar procedimento para apurar suposta prática de improbidade administrativa ambiental, em tese, praticada pelo fiscal de posturas em razão de ele descumprir a legislação que lhe cabia fiscalizar. 

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