Jornal Estado de Minas

ESTUDO

Betim: mortes por COVID-19 aumenta quase 50% entre pessoas de 50 a 59 anos

Um estudo epidemiológico divulgado pela prefeitura de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mostrou que houve um aumento de quase 50% do número de mortes de pessoas  por COVID-19 entre 50 e 59 anos neste ano. Os dados são referentes às mortes registradas entre abril de 2020 e março de 2021. De acordo com o documento, ocorreram 619 óbitos (até 25/3) no período, o que significa uma taxa de letalidade de 28,7%, considerando os 2.160 casos confirmados do novo coronavírus, num total de 4.761 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).




 
De abril a dezembro de 2020, do total de óbitos, 11% pertenciam à faixa etária entre 50 e 59 anos. Entre janeiro e março de 2021, esse percentual subiu para 19%.
 
A análise revela que houve apenas um óbito de criança abaixo de 5 anos no período e que a maioria das mortes foi de pessoas com 60 anos ou mais (59,2%), do sexo masculino (52,1%), com comorbidades, sobretudo aquelas relacionadas a cardiopatias e diabetes. A baixa escolaridade foi identificada em 40% das vítimas, que haviam cursado entre o 1º e 5º ano do ensino fundamental. 
 
Quanto à ocorrência por regiões da cidade, o estudo revela que a Alterosas registra o maior número de vítimas da doença até então, 124. Em seguida, a região do Centro, com 118, e a do Imbiruçu, com 106. No entanto, considerando-se a população registrada em cada Administração Regional, a maior taxa de mortalidade ocorre na região de Citrolândia, ou seja, a cada 100 mil habitantes, 214 morrem acometidos de COVID-19. Na sequência, Centro e PTB ocupam a 2ª e 3ª posições, respectivamente, com 173 por 100 mil habitantes e 162,5 por 100 mil habitantes.

Ampliação de leitos

 
Em razão do aumento do número de casos que necessitam de internação, o número de leitos específicos para atendimento a pacientes está sendo ampliado em Betim. Segundo a prefeitura, com a nova ativação, a cidade terá um número 60% maior de leitos em relação a agosto de 2020 quando Betim havia atravessado o momento mais crítico da pandemia antes do panorama atual de contágios com as novas variantes. 




 
Serão, ao todo, 1160 leitos de UTI no Centro de Cuidados Intensivos (Cecovid-4) e 90 clínicos no Hospital de Campanha (Cecovid-2). A previsão é que todos estejam abertos até o dia 5 de abril. Atualmente, um total de 180 leitos está ativo, sendo 90 clínicos e 90 de CTI.
 

UBS abertas nos finais de semana

Nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão sendo abertas em Betim aos fins de semana, para atender pessoas com sintomas respiratórios, problemas leves de saúde, além de pequenas urgências. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, no último fim de semana, 281 pacientes foram atendidos e 13 necessitaram de transferência para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Hospital de Campanha e Hospital Orestes Diniz - todos no município.
 
Segundo o secretário adjunto de saúde, Augusto Viana, o objetivo da prefeitura é tentar aliviar a pressão sobre as emergências dos prontos atendimentos. A mesma ação ocorrerá nos próximos três finais de semana. "Essa iniciativa é prevista no nosso Planejamento Municipal de Enfretamento à Pandemia, que tivemos que colocar em prática neste momento em que o município enfrenta a pior fase com relação ao aumento expressivo do número de casos e, em consequência disso, a alta ocupação de leitos".  

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