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Estado de Minas PARA CONTER COVID-19

Governo de MG pede isolamento na Semana Santa: 'Não recebam amigos em casa'

Secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, pediu que mineiros evitem encontros presenciais na Páscoa: 'Não há tempo de arrependimento'


31/03/2021 14:57 - atualizado 31/03/2021 15:09

Governo do estado não quer que mineiros utilizem Semana Santa para promover encontros presenciais.(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Governo do estado não quer que mineiros utilizem Semana Santa para promover encontros presenciais. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O feriado prolongado da Semana Santa, que começa nesta quinta-feira (1/4) para parte dos mineiros, preocupa o governo do estado. Nesta quarta (31/3), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, fez apelo à população. Ele pediu que os dias de recesso não sejam utilizados para promover aglomerações e reuniões familiares. A ideia é evitar que as festividades da Páscoa aumentem a incidência de casos do novo coronavírus.

Minas Gerais tem enfrentado aumento nos números da pandemia dias após feriados prolongados, como ocorreu à época das confraternizações de fim de ano. Segundo Baccheretti, o governo quer quebrar o ciclo já na Semana Santa.

“Fique em casa. Não se aglomere. Fique com seu núcleo familiar. Não chame parentes para visita e não vá à casa deles. Não receba amigos em casa. Não é época para isso. É época de esforço conjunto para uma medida protetora individual e coletiva. Vale muito a pena enfatizar isso para, daqui duas ou três semanas, a gente poder dizer que a Semana Santa não impactou na incidência de casos”, disse, em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Fábio Baccheretti lembrou que a Semana Santa tem grande apelo religioso — o que tem potencial para provocar aglomerações. Apesar disso, ele clamou por respeito às medidas sanitárias.

“São 12 meses de pandemia. Todos nós estamos em um momento difícil, mas temos que ter atenção. Qualquer reunião familiar ou de amigos, que aglomere pessoas, aumenta — e muito — o risco de contaminação. A gente entende o momento que cada um vive, mas entende também que não há tempo de arrependimento”, afirmou.

Onda roxa pode barrar fluxo de pessoas


Até o domingo de Páscoa (4), todos os 853 municípios do estado continuam sob as rédeas da onda roxa, mais duro nível do Minas Consciente, pacote de restrições instituído pelo Palácio Tiradentes para conter a epidemia viral. O toque de recolher noturno e a proibição de atividades tidas como não essenciais compõem a série de ações. 

Na visão do secretário de Saúde, o recrudescimento das restrições pode ajudar o estado a atravessar a Semana Santa sem muitos traumas.

“Estamos em onda roxa. Isso significa que hotéis não funcionam, há restrições de circulação em alguns horários noturnos e apenas o que é essencial fica aberto. Estamos vivendo momento diferente de outros feriados. Obviamente, a gente só perceberá isso a posteriori”, explicou.

Feriadão abortado


Previsto para durar quatro dias, o pequeno recesso poderia ser estendido até quarta-feira (7). Isso porque governo do estado e Assembleia Legislativa articulavam para aprovar a antecipação dos feriados de Tiradentes — comemorados em 21 de abril — de 2021, 2022 e 2023.

A ideia era utilizar os dias para aumentar a adesão ao isolamento social. A proposta, contudo, acabou retirada antes mesmo de ser votada pelos deputados estaduais.

“A eficácia desta medida requer maior embasamento fático e estatístico, por isso, a proposta foi retirada do projeto”, lê-se em trecho do texto escrito para justificar o recuo.


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