A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) admite dificuldades para habilitar novas unidades de terapia intensiva (UTIs). A demora na transferência, por parte do Ministério da Saúde, de medicamentos necessários para intubar pacientes é um dos problemas enfrentados. A escassez de recursos humanos também emperra o processo.
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Cerca de 762 pacientes aguardam a liberação de UTIs em Minas. O governo do estado não fornece os índices de ocupação dos leitos intensivos e de enfermaria, mas o chefe da Baccheretti afirmou, nesta quarta, que a taxa de vagas de alta complexidade preenchidas está chegando a 100%.
“É muito difícil abrir leitos de terapia intensiva no estado”, lamentou.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu 33 novos leitos na Região Central, fortemente afetada pela pandemia. O governo tenta mais 40 vagas para as cidades do entorno. Vale do Aço e Região Oeste também têm recebido atenção especial.
Para aliviar a pressão sobre o sistema, o governo opta por montar equipes que mesclam médicos experientes a profissionais novatos. Apesar disso, o número de interessados não permite a abertura massiva de leitos.
“Houve aumento da remuneração na Fhemig e ampliação das especialidades — e não só intensivistas. Mesmo assim, a gente vem tendo dificuldade nas contratações por escassez de mercado. Muitos dos profissionais que a gente contratou trabalham em outros dois ou três hospitais”, explicou Fábio Baccheretti.
Voluntários, estagiários e aposentados são esperança
Nessa terça (30/3), deputados estaduais mineiros autorizaram o governador Romeu Zema (Novo) a contratar profissionais de saúde aposentados. Aval, também, à A designação de estagiários, além do chamamento de voluntários e estrangeiros. O poder Executivo espera que a medida impulsione o processo de captação de trabalhadores.“É como se fosse uma grande força-tarefa para que a gente consiga ir às regiões que estão sofrendo mais”, esperançou o secretário de Saúde, sem deixar de ressaltar as dificuldades da busca.