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Estado de Minas PANDEMIA

Garis suspendem greve por 48 horas em BH

Decisão foi tomada após audiência; Sindeac entende que os garis estão contemplados no Plano Nacional de Vacinação, mas a PBH discorda


31/03/2021 16:53 - atualizado 31/03/2021 17:38

Garis decidiram suspender a greve por 48 horas(foto: Edesio Ferreira/EM/DA Press)
Garis decidiram suspender a greve por 48 horas (foto: Edesio Ferreira/EM/DA Press)
A greve dos garis e dos motoristas responsáveis pela coleta de lixo foi suspensa na tarde desta quarta-feira (31/03) até a tarde da sexta-feira da Paixão (02/04). A decisão foi tomada após uma audiência  entre sindicatos e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

greve foi anunciada para início na terça (30/03). No entanto, segundo o presidente do sindicato dos Empregados de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de BH (Sindeac), os profissionais ficaram com medo de perderem o emprego ou serem punidos pela atitude, e, decidiram então, por suspender a greve às 8h30 desta quarta.

Posteriormente, ocorreu uma audiência que resultou na suspensão da greve por dois dias. Enquanto o Sindeac entende que os garis já estão contemplados no Plano Nacional de Vacinação por serem trabalhadores da área da saúde, a PBH discorda deste entendimento.

Portanto, por sugestão do Ministério Público do trabalho e concordância de todos os envolvidos, a prefeitura vai, nestas próximas 48 horas, consultar o Ministério da Saúde. A greve ficará suspensa até uma resposta.

Cadastramento para vacinação


No último domingo (28/03), a PBH informou que vai abrir cadastro para vacinar esses trabalhadores, além das forças de segurança e dos fiscais. O formulário seria disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde ao longo desta semana, porém, nenhuma data específica para essa divulgação ainda foi comunicada.

 A medida, contudo, não é bem aceita pelo presidente do Sindeac. De acordo com o representante da classe, o cenário crítico da pandemia exige medidas concretas de assisência aos profissionais da limpeza da cidade. “Cadastro não quer dizer que vai vacinar. Um cadastro não significa nada se não tiver uma programação definida.”

“O índice de contaminação deles é muito alto. Temos conhecimento de que até as próprias empresas estão preocupadas com o volume de afastamento de muitos profissionais que contraíram a doença. Esperamos que nossos trabalhadores sejam colocados como prioritários na vacinação da COVID-19, conforme estabelecido em Lei e no próprio plano nacional de vacinação do Ministério da Saúde”, relata Paulo Roberto.

Mais cedo, em nota ao Estado de Minas, a PBH respondeu:

"O movimento grevista dos garis impacta negativamente na qualidade da prestação de serviços para toda a população. A SLU tomou medidas mitigatórias a fim de reduzir prejuízos decorrentes da greve, como possível não coleta domiciliar ou atrasos na sua execução. A SLU manteve contato constante com as empresas terceirizadas para a continuidade da prestação dos serviços de limpeza urbana na cidade e em nenhum momento houve pressão para que os funcionários realizassem os serviços, apenas foi garantido àqueles que o desejavam fazer que pudessem ter a segurança de saírem para o trabalho.

A SLU reconhece a legitimidade da reivindicação, porém esclarece que não cabe ao município o seu atendimento, sendo isto de competência do Governo Federal.

Em reunião na manhã desta quarta-feira com o Ministério do Trabalho, os sindicatos envolvidos decidiram pela suspensão da greve até que o Ministério da Saúde se manifeste sobre os pleitos solicitados em relação à priorização da vacinação.

A SLU segue dialogando com todos os setores envolvidos e procurando manter a normalidade no atendimento dos serviços de limpeza urbana na cidade.
"

(Com informação de Nathália Galvani*)


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