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Estado de Minas DESPERDÍCIO

Divinópolis perde 1.649 doses da vacina e troca as agulhas para aplicação

Doses serão substituídas por agulhas de insulina após recomendação da UFSJ; SES-MG diz que laboratórios vão repor perdas


01/04/2021 10:33 - atualizado 01/04/2021 12:06

As agulhas enviadas pelo estado são mais grossas do que as de insulina.(foto: Pablo Santos/Prefeitura de Divinópolis)
As agulhas enviadas pelo estado são mais grossas do que as de insulina. (foto: Pablo Santos/Prefeitura de Divinópolis)

Após registrar a perda técnica de 1.649 doses da vacina contra a COVID-19, Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, vai substituir as agulhas. A troca foi recomendada por equipes técnicas da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) após análise encomendada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

 

Os frascos são multidoses, com 10 doses de 0,5 ml cada. Porém, devido a essa margem de perda, o município não atinge as dosagens completas. Em alguns casos sobram entre 0,1 ml a 0,4 ml, ou seja, são aplicadas nove doses.

 

Um dos motivos seria a espessura da agulha enviada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A UFSJ constatou que, por ser mais grossa, dificulta a exatidão ao aspirar o líquido.

 

O Programa Nacional de Imunização não permite a mistura de vacina de frascos diferentes para completar a dose de 0,5 ml, para evitar contaminações. Essas sobras são descartadas gerando essa perda técnica.

 

A recomendação da UFSJ foi para que o município substitua as agulhas pelas de insulina. “A precisão desta seringa de 0,1 ml vai dar a gente uma precisão com possibilidade de perder menos doses”, explicou o médico Alexandre Silva, que acompanhou o estudo. A média de perda de Divinópolis é de 4,25%, abaixo dos 5% previstos pelo Ministério da Saúde.

 

“Falar que vai zerar essa perda técnica é impossível, porém a gente está tentando de tudo para não acontecer”, afirmou a vice-prefeita, Janete Aparecida (PSC).

 

Doses serão repostas 

 

A SES-MG, por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS), confirmou que alguns lotes de frascos multidoses (10 doses) das farmacêuticas (Sinovac/ Butantan e AstraZeneca/ Fiocruz) têm apresentado um número menor de doses do que o informado. Porém, afirmou que isso não deve ser tratado como perda de vacinas.

 

Quando isso ocorre, o município deve notificar por meio de um formulário eletrônico disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS). Nesta notificação ele deve relatar a quantidade de doses que foi possível aplicar, conforme nota técnica do MS.

 

“Salientamos ainda que as referências em imunização dos municípios da SRS de Divinópolis já estão orientadas quanto a isso e que a Coordenação Estadual de Imunizações informou que o MS fará a reposição dessas doses gradativamente, portanto não haverá nenhum prejuízo quanto à imunização de qualquer público-alvo”, explicou.

 

Perda física

 

Além da perda técnica, há também a física. “É quando você está aplicando, por exemplo, mexeu com o braço da pessoa e a vacina caiu no chão, aí você precisa pegar outra, então você perdeu uma dose”, explicou Janete. Este tipo de perda chega a 26 doses.

 

Divinópolis recebeu até 30 de março 38.842 doses de vacinas dentre CoronaVac e AstraZeneca. Até terça-feira (30/3) foram aplicadas 23.652 doses, sendo 17.209 primeira doses e 6.443 segunda doses.

 

Pontos de vacinação

 

A cidade ampliou os pontos de imunização. Além do drive thru no Centro Administrativo – sede da prefeitura, a partir desta quinta-feira (01/4) também haverá vacinação, no mesmo modelo, no Divinópolis Clube, no bairro Bela Vista. A estrutura foi doada pelo clube, com isso, a prefeitura terá que disponibilizar apenas a equipe. 

 

A previsão é de que a capacidade de vacinação diária seja de duas mil pessoas a partir de segunda-feira (05/4), conforme distribuição pelo Ministério da Saúde.

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM 

 

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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