Dois corpos foram colocados em frente à portaria da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Pampulha, em Belo Horizonte, por falta de espaço no necrotério. O fato aconteceu nessa quarta (31/3), quando cinco pessoas morreram no equipamento vítimas da COVID-19.
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“Ela se desesperou. Os profissionais e usuários da UPA ficaram em prantos junto com a familiar. O necrotério é pequeno, só cabem dois corpos, apertados. Ontem (quarta), morreram três pacientes no plantão diurno e dois no noturno”, afirma o presidente do Sindibel, Israel Arimar de Moura.
De acordo com o Sindibel, desde a última sexta (26/3), 60 pessoas morreram nas UPAs de BH. A entidade alega que ao menos 17 aguardaram vagas de terapia intensiva.
Esse total sinaliza que, em média, cada UPA da cidade computou 6,6 óbitos pela virose. O dado é bastante superior à média informada pelo Sindibel, entre uma e duas por semana.
A Prefeitura de BH, porém, tem informado que nenhum paciente morreu sem assistência na cidade. O Executivo municipal também esclarece que o país inteiro, BH inclusive, “se encontra em uma situação grave”.
“Infelizmente ocorreram óbitos na UPA Pampulha. É importante esclarecer que essas pessoas estavam sendo assistidas por profissionais na sala de emergência. Imediatamente ao ser informada, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou apoio à UPA Pampulha para a imediata resolução da situação”, informou a PBH.
“Os corpos foram transladados para o necrotério do Hospital Odilon Behrens para as providências legais, com prévia comunicação à família”, completou a administração municipal.