Jornal Estado de Minas

CRISE FUNERÁRIA

Cemitérios colapsam, e antiga UPA vira depósito de corpos em Contagem (MG)

 

O sistema funerário de Contagem, na Grande BH, entrou em colapso. Nesta sexta (2/4), as empresas do ramo levam os corpos, vítimas de COVID-19 ou não, para o prédio da antiga Unidade de Pronto-Atendimento JK, no Bairro Eldorado.





 

De acordo com a prefeitura, “em função do agravamento da pandemia e do número crescente de mortes, a estrutura de necrotérios municipais se encontra sobrecarregada”.

 

Por isso, o Executivo municipal criou um plano de contingência para administrar o problema. Uma empresa foi contratada para remover e acondicionar os corpos. O objetivo é evitar que eles fiquem por tempo indeterminado nas unidades de saúde da cidade.

 

A prefeitura assegura que o procedimento adotado pela empresa "não representa nenhum risco de contaminação para a população nem ambiental".

 

Ainda segundo a administração municipal, o prédio da UPA JK é apenas provisório. Uma estrutura definitiva, ainda sem localização certa, será montada.





 

Quanto aos cemitérios do município, Contagem informa que há uma reestruturação para permitir novos sepultamentos. A prefeitura contrata pedreiros, uma empresa de manutenção e outros serviços "para evitar o estrangulamento do sistema funerário".

 

Pandemia em Contagem 

 

Conforme boletim da prefeitura, Contagem já confirmou 25.827 casos de COVID-19. São 917 mortes, 22.654 recuperados e 2.256 pessoas em acompanhamento.

 

A taxa de ocupação dos leitos de UTI no município é de 99%. Resta apenas uma vaga do tipo. Já a das unidades de enfermaria é de 93%, sobrando oito.

 

Outro indicador fundamental, a taxa de transmissão do coronavírus em Contagem é de 1,07. Isso quer dizer que a cada 100 pessoas doentes com COVID-19, outras 107 se tornam vítimas da pandemia em média.

audima