Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Concluída necropsia da mulher do promotor; MP e TJ têm que liberar o corpo

O corpo de Lorenza Maria Silva Pinho, 41, morta na madrugada da última sexta-feira (2/4), só será liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) para a família por meio de uma autorização do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).



O corpo já passou pela necropsia para a identificação da causa da morte, mas a liberação depende do MPMG. De acordo com a assessoria do órgão, "o caso permanece sob sigilo e as únicas informações disponíveis são as que estão na nota divulgada ontem (4/5)". 

Após a morte de Lorenza, a cremação do corpo chegou a ser marcada para ocorrer ontem, no Cemitério Parque Renascer, em Contagem, na Grande BH, mas a polícia teria demandado mais exames. O corpo seguiu então para exame de necropsia no Instituto Médico-Legal (IML).

A Polícia Civil afirma que tem prazo legal de 30 dias para chegar a um resultado.

 O promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho, de 51 anos, marido de Lorenza, foi preso na manhã de ontem (4/4) em seu apartamento, no Bairro Buritis, na Região Oeste de BH. A suspeita é de feminicídio





A condução à delegacia foi parte das diligências da Polícia Civil para apurar a morte da mulher dele, na sexta-feira, na mesma residência. A morte de Lorenza foi reportada pelo marido à polícia.

O promotor, com quem ela tinha cinco filhos, disse em depoimento que ela teria se engasgado. Na manhã de ontem, vários veículos da polícia cercaram a rua do prédio onde o promotor reside e ele foi conduzido à delegacia. Os filhos foram levados por parentes da mãe.

Histórico de atentados

 

O casal tem um histórico de atentados e ataques sofridos nos últimos anos, sem responsabilização ou elucidação de quem seriam os responsáveis. Marido e mulher foram vítimas de uma agressão por dois homens quando estavam próximos a uma igreja evangélica no Bairro Vale do Sereno, em Nova Lima, na Grande BH. Três anos antes, o veículo de propriedade do promotor foi incendiado na vaga em que estava estacionado em uma rua do Bairro Serra, na Região Centro-Sul de BH.





Um ano antes do incêndio, o casal sofreu um atentado a tiros quando trafegava de carro pelo Bairro Sagrada Família, na Região Leste de BH. Não houve feridos e, mais uma vez, ninguém foi detido pelo ataque.

Por meio de nota do Gabinete de Segurança e Inteligência (GSI) e do Centro de Apoio das Promotorias Criminais (Caocrim), o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com as polícias Civil e Militar, informa apenas que "realizaram diligências na manhã deste domingo, 4 de abril, dando seguimento às apurações relacionadas aos fatos ocorridos na sexta-feira, 2 de abril, envolvendo a morte da senhora Lorenza Maria Silva de Pinho, esposa do promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho".

A informação do MP é de que "foram cumpridas decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Em função da decretação de segredo de Justiça, no momento não serão fornecidos mais detalhes. O MPMG lamenta a morte da senhora Lorenza Maria Silva de Pinho e se solidariza com os seus familiares e amigos", finaliza a nota. (Com informações de Mateus Parreiras)

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