O governo de Minas Gerais reforçou, nesta segunda-feira (5/4), um alerta para a necessidade do uso correto de máscaras triplas e bem vedadas, para garantir mais proteção diante das novas cepas que circulam pelo estado. As novas variantes do vírus da COVID-19 são mais potentes e transmissíveis e, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), estão causando o aumento dos casos, internações e óbitos.
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Cobrindo todo o nariz e a boca, o modelo garante maior ajuste no rosto, ficando mais firme. Além de reter as gotículas, ainda protegem os usuários dos aerossóis, que são partículas minúsculas que ficam suspensas no ar por alguns minutos.
Essas máscaras possuem uma versão com válvula. Esse modelo, entretanto foram proibidas pela Anvisa nos aeroportos e aviões, por exemplo, já que não filtram as partículas de dentro para fora (por causa da válvula), podendo contaminar o ambiente caso a pessoa esteja doente.
Apesar de recomendar as versões mais seguras, o médico infectologista da diretoria assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Flávio de Souza Lima alerta que é indispensável que outros modelos utilizados tenham, pelo menos, três camadas: "Temos muitas opções baratas e de boa qualidade, de tecido mesmo. O importante é que a máscara tenha pelo menos três camadas para aumentar o filtro do ar e seja utilizada de forma correta. Não pode haver espaço para a saída e entrada do ar livremente em nosso sistema respiratório. O distanciamento entre as pessoas também na hora de conversar é outro importante aliado na prevenção".
O infectologista também garante que é mito a informação sobre uso de máscara aumentar a inspiração de gás carbônico a níveis acima dos tolerados no organismo, segundo Flávio de Souza: "Não há nenhum acúmulo significativo de gás carbônico e não há prejuízo para a saúde".
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria