Jornal Estado de Minas

CRIME

Cadeirante confessa que enforcou adolescente após golpe de mata-leão


A Polícia Civil de Montes Claros (Norte de Minas) prendeu dois homens suspeitos de terem matado uma adolescente de 17 anos, por causa de uma suposta dívida de R$ 500 da venda de drogas. Um deles, de 26 anos, confessou que enforcou a vítima, após dominá-la com um golpe “mata-leão”. Um fato que chamou a atenção da polícia é que o homem é cadeirante.




 
A limitação física do suspeito levantou questionamento sobre como ele conseguiu dominar a adolescente, cujo corpo foi jogado dentro de uma cisterna. Ele deverá ser ouvido novamente.
 
A morte da adolescente aconteceu em 27 de março, mas só chegou ao conhecimento da polícia três dias depois, quando o cadeirante e o outro suspeito, de 21, se apresentaram na delegacia de Polícia Civil de Montes Claros e confessaram o crime.
 
Também em 30 de março, a partir da informação dos homens, o corpo da adolescente foi encontrado pela polícia dentro de uma cisterna, em um terreno da Vila Antônio Narciso, de onde foi retirado pelo Corpo de Bombeiros, com o uso de técnicas de rapel.




 
Na ocasião, a Polícia Militar encontrou um cachorro, vitima de maus-tratos, no mesmo endereço. Foi descoberto que o animal tinha sido agredido pelo homem de 26 anos envolvido na morte da adolescente e ele acabou sendo preso no mesmo dia pelo crime de maus-tratos animais.
 
De acordo com o delegado de Homicídios de Montes Claros, Bruno Rezende, o suspeito confessou que, mesmo andando em cadeira de rodas, dominou a adolescente com um golpe “mata-leão” e que usou algumas roupas para enforcar a vítima, que, em seguida, desmaiou. Além disso, usou uma faca para atingir o pescoço dela.
 
O suspeito, que já tinha passagens pela polícia por envolvimento no tráfico de drogas, revelou que o amigo o ajudou a jogar o corpo da adolescente na cisterna. O corpo foi resgatado pelos bombeiros com os pés e mãos amarrados.
 
Embora o homem tenha alegado que a causa do homicídio tenha sido uma dívida por causa de drogas, a policia continua as investigações, a fim de descobrir se o crime tem outra motivação e se realmente foi praticado pelo cadeirante.

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