Com o sistema funerário e os necrotérios dos centros de saúde operando no limite, Contagem, na Grande BH, tem uma nova estrutura para armazenar corpos de vítimas da COVID-19. A base montada no antigo prédio da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) JK, no Bairro Eldorado, foi desativada e transferida para uma área no Bairro Beatriz.
Leia Mais
PM e bombeiros de Minas sugerem 'tratamento precoce' com cloroquinaOcupação dos leitos de UTI COVID-19 no SUS de BH sai da situação de colapsoBH bate novo recorde de mortes por COVID-19coronavirusbhMP vai investigar Prefeitura de BH por suspender vacinação no fim de semanaIdosos de 65 anos e profissionais da saúde acima de 50 são vacinados em BH''Se reabrirmos, vamos ter até 6 mil mortes por dia'', prevê biomédicoUma empresa especializada foi contratada para fazer a remoção e acondicionamento dos corpos, evitando, assim, que permaneçam nas unidades da rede pública de saúde. Cada vítima fica, no máximo, até 24 horas na câmara fria. A estrutura foi montada para desafogar o sistema funerário da cidade.
“Cada unidade de saúde tem necrotérios que cabem duas ou três pessoas. A demanda está maior e não podemos deixar essas vítimas ao relento ou em qualquer lugar. São pessoas que têm histórias, famílias e merecem ser respeitadas. Este novo espaço respeita todas as medidas sanitárias, para abrigar caminhões com refrigeração que conservam os corpos até o enterro, enquanto os cartórios e funerárias estiverem sobrecarregados”, disse a prefeita Marília Campos (PT).
Ainda segundo a prefeitura, 50 vítimas da COVID-19 já passaram pela antiga UPA JK e pela nova estrutura, no Bairro Beatriz. O Executivo municipal também ressaltou que o transporte de corpos “é realizado por veículos apropriados e com segurança sanitária”.
Na última sexta-feira (02/04), o Estado de Minas mostrou a situação na antiga UPA JK. Na ocasião, a prefeitura assegurou que o procedimento adotado pela empresa ao acondicionar corpos na estrutura "não representa nenhum risco de contaminação para a população nem ambiental".