Por meio de nota divulgada para a imprensa e nas suas redes sociais, o vereador se defendeu dizendo que a prefeita Elisa Araújo e o vice Moacyr Lopes querem representar contra ele e seu assessor parlamentar por não aceitarem ser fiscalizados.
Na representação, a Procuradoria-Geral do Município relatou que o vereador e o assessor invadiram o espaço restrito onde são armazenadas as vacinas no dia 30 de março.
“A ação infringe o Decreto Municipal nº 5493, de maio de 2020, que assegura o controle de acesso de bens públicos de uso especial para manter a segurança e salubridade".
Conforme a representação, além de descumprir regras sanitárias e comprometer o ambiente estéril, os representados agrediram verbalmente servidores e causaram aglomeração, violando as regras em vigência de enfrentamento à pandemia
"As ações do vereador afrontam, também, normas da Lei Orgânica do Município, do Regimento Interno da Câmara de Vereadores e do Decreto-lei federal 201/1967, que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores. As atitudes do assessor vão contra o Código de Ética e Conduta Profissional dos Servidores da Câmara Municipal de Uberaba”, consta em trecho da representação.
Segundo outro trecho da documento, o município apurará com rigor as acusações de vacinação indevida, mas não serão admitidos julgamentos antecipados, arbitrários e violadores dos princípios constitucionais.
“No último dia 16 os denunciados invadiram a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) São Benedito. O ato foi objeto de notícia-crime apresentada ao Ministério Público pela Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), gestora das UPAs na cidade”, diz outro trecho da representação
"A Procuradoria-Geral solicita que a Câmara apure as infrações narradas e aplique a punição cabível em relação ao parlamentar e instaure Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em face do assessor. Em complemento às provas anexadas, o município pede a produção de prova oral, a partir de oitivas com as testemunhas elencadas na representação".
Resposta com duras críticas à atual gestão
Segundo nota do Professor Wander, desde que a prefeita foi eleita, ele só fiscalizou, sem invadir nenhum local, inclusive, gravando vídeos e com a presença de demais vereadores.
“Eu pedi melhorias para a população.Vamos falar das irregularidades na vacinação, que vocês negam de maneira maldosa e desumana, das incoerências nos decretos, nas mudanças absurdas na Saúde em plena pandemia, na aceitação e depois no afastamento de um médico condenado por estupro, na posição patética de um marido "perdido", na estocagem de cestas básicas, nos "estranhos" aditivos de contratos que ainda nem mostramos, na falta de transparência, na conivência da Procuradoria-Geral em não realizar nenhuma auditoria referente à antiga gestão, nas mentiras. Covid-19 não é negócio político".
"Podem representar contra nós na Câmara Municipal, no Ministério Público, na polícia, aonde se sentirem mais "confortáveis". Podem ainda me processar, armar, pagar a imprensa. Eu não paro de representar quem me elegeu, nem morto. Acreditem! Como eu disse hoje: Se você deixa o mal acontecer e não faz nada, com o intuito de preservar a Paz, você não é pacífico, você é covarde", proseguiu Professor Wander, na nota.
"Quem for conivente com tudo o que há de errado, seja cidadão ou até vereador, é comparsa, sádico ou está recebendo algo. Por aqui, não há nenhum dos três perfis. Sigo com o certo e com a população que mais precisa. E se eu disse alguma mentira até aqui, que me contestem”, encerrou o desabafo.