Um total de 508 vidas perdidas em apenas 24 horas. O triste recorte de Minas nesta quarta-feira (7/4) mostra o quanto a pandemia do coronavírus tomou proporção assustadora nos últimos dias. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), o estado registrou 1.971 mortes na primeira semana de abril, uma estatística ainda mais preocupante.
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Incrivelmente, Minas teve na primeira semana de abril um aumento de mortes de 324% em relação ao mesmo período em janeiro. Em relação a março – quando a SES-MG já havia alertado sobre o pior período da pandemia –, a subida foi de 100%.
No comparativo mês a mês, março registrou 5.767 óbitos, 54,74% a mais do que nos 30 dias de janeiro (3.158) e 9,9% do que em fevereiro (3.505). Se mantiver o panorama dos últimos dias, abril pode passar dos 10 mil óbitos, mais de um terço do que o estado registrou até o momento desde o início da pandemia: 26.303.
A expansão de novos infectados também interfere no sistema de saúde do estado. Em 24 horas, mais 2.033 contaminados pelo vírus precisaram ser internados em hospitais da rede pública e privada. O total acumulado registra 97.494 de pacientes até esta quarta-feira.
Sem toque de recolher
Mesmo diante deste contexto, o governo relaxou o protocolo de isolamento de prevenção à doença. Duas das medidas mais radicais criadas pelo governo de Minas, por meio do programa Minas Consciente, foram suspensas nesta quarta-feira: o fim do toque de recolher das 20h às 5h e a liberação dos encontros entre familiares nas cidades.
Tais determinações haviam sido revogadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na segunda-feira (5/7) e depois foram confirmadas durante a reunião dos integrantes do Comitê Extraordinário COVID-19, composto pelo secretário de Estado de saúde, Fábio Baccharetti, por integrantes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e do Ministério Público.
A macrorregião do Triângulo do Sul avançou da onda roxa para a vermelha nesta quarta-feira. O Triângulo Norte e a microrregião de Montes Claros também já migraram para o protocolo mais flexível. Além disso, as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros/Bocaiúva e Taiobeiras irão migrar para a onda vermelha.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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