Pelo menos 54 cidades de Minas Gerais devem avançar a partir de segunda-feira (12/4) para a onda vermelha do programa Minas Consciente, que orienta o retorno gradual das atividades econômicas. Os municípios serão monitorados até sexta-feira (9/4) para assegurar que não há piora nos indicativos da COVID-19, sobretudo na oferta de leitos de UTI e enfermaria.
A decisão foi comunicada pelo governo de Minas nesta quarta-feira (7/4) e será publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (8/4).
A mudança ocorre justamente quando Minas Gerais registrou seu maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia: 508. O total de mortes é de 26.303, além de mais de 1,1 milhão de casos.
As localidades que avançaram para a onda vermelha foram a macrorregião do Triângulo Sul e as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros e Bocaiuva e Taiobeiras. Caso elas apresentem piora nos números, poderão voltar para a onda roxa.
Cidades importantes como Araxá, Uberaba e Frutal também poderão reduzir as restrições na economia. Na fase do programa, serão permitidos o funcionamento de todas as atividades, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.
Se a onda roxa não permitia a ocupação em hotéis e atrativos culturais, agora a onda vermelha passa a aceitar 50% da capacidade máxima. Outra mudança é a presença de 30 pessoas por evento.
“As mudanças não terão impacto na efetividade da onda roxa, porque a restrição de circulação de forma isolada não tem impacto direto. O que realmente queremos é evitar aglomerações. Por isso a decisão de fazer com que serviços não essenciais, principalmente bares, não vendam produtos em balcão para evitar concentração de pessoas na porta", ressalta o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccharetti.
"Também recomendamos cuidado até mesmo durante uma reunião familiar, em função do risco de contágio”, acrescenta.
O governo também comunicou que suspendeu o toque de recolher das 20h às 5h e a liberação dos encontros familiares. A decisão ocorreu depois de o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) revogar a medida feita pelo estado, por entender que tirava o “direito de ir e vir” do cidadão.
Anteriormente, 38 cidades de Minas também haviam avançado para a onda vermelha. Todas pertencem à macrorregião do Triângulo do Norte e da microrregião de Patos de Minas.
Os demais municípios do estado permanecem na onda roxa por tempo indeterminado. Na próxima quarta-feira (14/4), a Secretaria de Estado de Saúde deve divulgar um novo panorama acerca da situação da doença no estado.
Macrorregião Triângulo do Norte
Araxá, Água Comprida, Campo Florido, Campos Altos, Carneirinho, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Delta, Fronteira, Frutal, Ibiá, Itapagipe, Iturama, Limeira do Oeste, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Pratinha, Sacramento, Santa Juliana, São Francisco de Sales, Tapira, Uberaba, União de Minas e Veríssimo
Microrregião de São Gotardo
Arapuá, Carmo do Paranaíba, Matutina, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gotardo e Tiros
Microrregião de Taiobeiras
Curral de Dentro, Berizal, Ninheira, São João do Paraíso, Vargem Grande do Rio Pardo, Indaiabira, Montezuma, Santo Antônio do Retiro e Rio Pardo de Minas
Microrregião de Montes Claros/Bocaiuva
Bocaiúva, Claro dos Poções, Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Glaucilândia, Guaraciama, Itacambira, Joaquim Felício, Juramento, Montes Claros e Olhos D´Água
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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