Com Minas Gerais vivendo seu pior momento desde o início da pandemia de COVID-19, o governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccharetti, darão um panorama da situação da doença nos últimos dias. Eles falarão com os jornalistas nesta quinta-feira (7/4), às 8h30, na Cidade Administrativa.
Um dos pontos a serem discutidos pode ser o prolongamento da onda roxa às macrorregiões que não avançaram na oferta por leitos, casos e mortes por COVID-19.
Minas entrou na fase mais crítica da pandemia ao registrar a marca de 508 mortes pelo novo coronavírus em 24 horas, um recorde, o que eleva o total para mais de 26,3 mil óbitos desde março do ano passado.
Além da alta demanda por internações em várias regiões do estado, O recorde de mortes por COVID-19 no estado havia sido registrado na sexta-feira (2/7), quando foram contabilizadas 486 vidas perdidas. Com exceção de segunda-feira e terça-feira (5/4 e 6/4), Minas somou número superior a 300 mortes em 24 horas nos últimos dias.
O estado teve, na primeira semana de abril, um aumento de 324% no número de óbitos pelo novo coronavírus em relação ao mesmo período em janeiro.
Em relação a março – quando a SES-MG já havia alertado sobre o pior período da pandemia –, a elevação foi de 100%.
Em relação a março – quando a SES-MG já havia alertado sobre o pior período da pandemia –, a elevação foi de 100%.
Mesmo com medidas duras de isolamento, o número de casos em um único dia foi extremamente alto (13.358), totalizando 1.061.397 infectados.
Minas Gerais está atrás apenas de São Paulo como o estado de maior número de contaminados pela doença.
Minas Gerais está atrás apenas de São Paulo como o estado de maior número de contaminados pela doença.
A alta procura por UTIs em todo o estado é uma preocupação a mais para as autoridades. Atualmente, 3.950 pacientes estão internados, correspondendo a 86,15% das vagas preenchidas.
Ainda há 650 pessoas à espera de leitos para internações.
Ainda há 650 pessoas à espera de leitos para internações.
Em relação às enfermarias, a ocupação é inferior, mas em nível preocupante: 75,88%, correspondendo a 15.195 pessoas utilizando o serviço de saúde.
Ainda há 883 infectados à espera de vagas.
Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Ainda há 883 infectados à espera de vagas.
Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Sem toque de recolher
Depois de ação movida pelo deputado federal Bruno Engler (PRTB), o governo de Minas também determinou a suspensão do toque de recolher em todo o estado e liberou a visitação aos familiares.
A decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinárioo COVID-19 em reunião nesta quarta-feira (7/4).
A decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinárioo COVID-19 em reunião nesta quarta-feira (7/4).
O toque de recolher já estava suspenso desde a segunda-feira (5/4), quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) convocou uma reunião com o governo do estado para discutir o fim da medida.
Onda vermelha
O Estado também decidiu que a macrorregião de Saúde Triângulo do Sul e as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros/Bocaiúva e Taiobeiras deixarão a onda roxa do programa Minas Consciente e avançarão para a onda vermelha a partir de segunda-feira (12/4).
Elas apresentaram evolução nos números e poderão reabrir as atividades, desde que as estatísticas não piorem até sexta-feira (9/4).
Elas apresentaram evolução nos números e poderão reabrir as atividades, desde que as estatísticas não piorem até sexta-feira (9/4).
A macrorregião do Triângulo do Norte e a microrregião de Patos de Minas foram as primeiras a serem inseridas na onda vermelha. Desde a quarta-feira passada (31/3), as cidades estão com os serviços autorizados a funcionar.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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