Após novo recorde de vítimas pelo novo coronavírus em apenas um dia, o número de mortes registrou uma queda em Minas Gerais nesta quinta-feira (8/4), mas o índice continua alto. No intervalo de 24 horas, mais 492 mineiros perderam suas vidas para a doença da COVID-19. As informações são do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), divulgado na manhã desta quinta.
Com exceção de segunda (5/4) e terça-feira (6/4), Minas somou número superior a 300 mortes em um dia durante o mês de abril. O estado agora acumula 26.795 óbitos desde o início da pandemia.
De acordo com o relatório estadual, entre esta quarta (7/4) e quinta-feira (8/4), o número total de infectados confirmados chega a 1.192.050 em Minas, somando 9.203 novos casos em 24 horas. Outras 11.828 pessoas se curaram durante o período.
Uma reportagem do Estado de Minas apurou que o estado teve, na primeira semana de abril, um aumento de mortes de 324% em relação ao mesmo período em janeiro. Em relação a março – quando a SES-MG já havia alertado sobre o pior período da pandemia –, a subida foi de 100%.
Agravamento de casos, diminuição de medidas de prevenção
Em reunião do Comitê Extraordinário COVID-19 de Minas Gerais, realizada nesta quarta-feira (7/4), foi decidido pelo fim do toque de recolher e da proibição de visitas e reuniões familiares durante a onda roxa do plano Minas Consciente.
A medida já estava suspensa desde a última segunda-feira (5/4), quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) convocou uma reunião com o governo do estado para discutir o término da restrição.
Também foi decidido pelo comitê que a macrorregião de Saúde Triângulo do Sul e as microrregiões de São Gotardo, Montes Claros/Bocaiúva e Taiobeiras devem avançar para a onda vermelha do plano Minas Consciente a partir da próxima segunda-feira (12/4).
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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