Nem todos destinaram os dias da semana santa para recolhimento e reflexão em Ouro Preto, Região Central de Minas Gerais. No feriado cristão mais tradicional da cidade, o Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Defesa Social atuou entre 1º e 4 de abril e registrou 87 notificações e oito multas, sendo que quatro delas foram em repúblicas estudantis. Além disso, 12 estabelecimentos foram fechados e uma peixaria/restaurante foi interditada.
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De acordo com o secretário de defesa social, Juscelino Gonçalves, a grande dificuldade da fiscalização de Ouro Preto se dá pela distância entre os distritos, sendo que alguns são muito conhecidos, como é o caso de Lavras Novas e que demanda uma atenção especial. Por isso, foram colocadas seis barreiras sanitárias por toda a cidade.
Gonçalves destaca que ao comparar o momento atual de onda roxa com o momento em que a cidade estava na onda amarela do Plano Minas Consciente houve uma diminuição no número de notificações na atual fase. Na onda amarela eram cerca de mil em datas comemorativas.
“Agradeço à população ouropretana pela maioria ter compreendido e entendido o momento delicado que estamos passado e acatou essa nova ordem de restrição social da onda roxa”.
Ao mesmo tempo em que ocorriam as operações de fiscalização foram registrados nos boletins epidemiológicos de Ouro Preto 378 pessoas isoladas em casa para se recuperarem da COVID-19. Na Santa Casa de Ouro Preto, as taxas de UTI para COVID-19 permaneceram em 100% nos quatro dias e sete pessoas estavam internadas no Hospital de Campanha.
Ainda segundo o boletim epidemiológico, nos quatro dias de feriado, 88 pessoas testaram positivo para a doença. Duas mortes por COVID-19 foram registradas no domingo (04/04), mesmo dia em que se celebra a ressurreição de Cristo para os cristãos. Ouro Preto tem um total de 73 mortes por COVID-19.