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Estado de Minas PANDEMIA

Comerciantes da Feira dos Produtores rechaçam surto de COVID-19 no local

Segundo lojistas da feira, depois da morte de Abdala Cheik surgiu uma fake news falando sobre surto; superintendente diz que não há funcionário contaminado


08/04/2021 16:26 - atualizado 09/04/2021 06:27

Segundo superintendente, local teve cerca de 10 casos de COVID-19 e três internações, além da morte de comerciante árabe, desde o início da pandemia(foto: Feira dos Produtores/Divulgação)
Segundo superintendente, local teve cerca de 10 casos de COVID-19 e três internações, além da morte de comerciante árabe, desde o início da pandemia (foto: Feira dos Produtores/Divulgação)


A morte de um expositor, vítima da COVID-19, abalou clientes e funcionários da Feira dos Produtores, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de Belo Horizonte. Em meio ao drama vivido pelo colega, informações de que haveria um foco de transmissão da doença no local se espalhou pelas redes sociais e afetou o atendimento. No entanto, um comerciante do local informou que trata-se de “fake news” e que todas as medidas de segurança vêm sendo tomadas no espaço.

Em contato com o Estado de Minas, a superintendente da Feira dos Produtores, Geruza Madeira, negou a existência de surto de COVID-19 e afirmou que, entre 500 pessoas que frequentam o local (lojistas, funcionários e colaboradores), foram notificados apenas 10 casos, além da morte de Abdala Cheik. Além disso, ela pontuou que houve apenas três internações. 

Abdala Cheik era proprietário do empório árabe homônimo. Nessa quarta-feira (7/4), uma filha publicou na página da loja uma nota confirmando o falecimento dele durante a madrugada. Ele teve falência múltipla dos órgãos devido a complicações da COVID-19.

“Sabemos que o ambiente da Feira dos Produtores nunca mais será o mesmo sem esse grandão de voz imponente, com cara de bravo, mas com coração de ouro, brincalhão e muito amigo de todos”, diz a nota. “Não subestime esse vírus maldito! Não sejam céticos e egoístas! Usem este exemplo de dor para se cuidarem, cuidarem dos seus e cuidarem de todos nós!”, concluiu a filha do empresário.



Dono de uma lanchonete na Feira dos Produtores, Ruy Pereira, de 56 anos, diz que o colega foi internado na semana passada e, desde então, os comerciantes, amigos e familiares acompanhavam as atualizações sobre o estado de saúde de Cheik pelas redes sociais. As mensagens também eram usadas para alertar as pessoas quanto às medidas de segurança para evitar a transmissão do coronavírus.

“Na sequência disso tudo, nos deparamos no início da semana com uma divulgação em massa de ‘fake news’ nas redes sociais, informando que ‘existe um foco de contaminação na Feira dos Produtores’”, disse o comerciante à reportagem do Estado de Minas. Rumores davam conta de que três funcionários estariam intubados, com COVID-19. “Temos atualmente outros dois casos, além do que citei, de pessoas que estão em tratamento, afastadas do trabalho, e já estão se recuperando. Mas de forma alguma temos uma contaminação em massa nas lojas da feira, como divulgado nessa notícia falsa. Hoje, temos em torno de 140 lojas nesse mercado e estou falando de três ou quatro casos”, afirma o comerciante.

“A Feira dos Produtores está aqui há muitos anos e sempre atuou como referência em segurança, organização e respeito ao cliente, adotando sempre todas as medidas necessárias para oferecer o melhor ambiente de compras. Ficamos muito tristes com o que aconteceu nesta semana. Além da perda de uma pessoa muito querida, uma transmissão de uma ‘fake news’ ainda mais rápida que o vírus da COVID-19”, lamentou, dizendo que chegou a haver queda no fluxo de pessoas no local, o que afetou ainda mais os comerciantes, já abalados com a morte do colega.

No site da Feira dos Produtores, a administração informa que apenas as lojas de serviços essenciais estão com atendimento presencial. As demais funcionam pelo serviço de entrega. Trabalhando no local há mais de 5 anos, Ruy Pereira diz que todos os protocolos de enfrentamento à COVID-19 estão sendo aplicados no local, com aferição de temperatura, controle do fluxo de pessoas, exigência do uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel, entre outras.

O comerciante contabiliza que, do início da pandemia, em março do ano passado, até agora, foram pelo menos 13 casos de COVID-19 registrados na feira. Entre eles, o próprio. Pereira conta que foi infectado em agosto do ano passado. 

Diante da situação, ele deixa um alerta. “Todos nós já sabemos as medidas que temos que tomar e devemos ser fiéis ao que os especialistas pedem, para nossa própria segurança. Por outro lado, devemos ser críticos antes de repassarmos qualquer notícia que recebemos sem uma fonte confiável, sem que possa ser checada, pois esse é outro vírus que pode prejudicar muito outras pessoas e temos também que combater”, pontua. 

Feira nega os rumores

Geruza Madeira afirma que atualmente não há nenhum funcionário intubado ou contaminado: “Os lojistas quase não comparecem à feira por serem grupo de risco, logo não podemos afirmar que foram contaminados na feira como diz a notícia disseminada cruelmente. A feira sempre atualiza os lojistas e os orienta quanto às medidas, quanto às prevenções acerca do COVID19. Em vista da quantidade de casos que estamos vivendo hoje, vejo a feira de uma forma muito otimista. Somos uma equipe contra esse virus”.

Ela diz que a feira havia adotado todas as medidas de prevenção exigidas pela PBH, tais como controle de fluxo de clientes, proibição de consumo de alimentos, interdição dos bebedouros, aferição de temperatura e desinfecção noturna.

A superintendente pede a compreensão das pessoas para que elas não acreditem em notícias falsas: “Todos nós estamos nos cuidando da melhor forma possível, e essas falsas notícias só vêm pra abalar o momento e intensificar ainda mais a crise que estamos passando, sanitária e financeira. Tudo muito triste. Nos colocamos à disposição para o esclarecimento de qualquer informação referente a Feira dos Produtores, bem como sugestão para passarmos juntos esse momento tão crítico”.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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