As obras de restauração do pavimento da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Regional do Vale do Aço, localizado em Santana do Paraíso, foram anunciadas nesta quinta-feira (8/4) pelo governador Romeu Zema, com investimentos de R$ 13,2 milhões. Além da pista, serão restauradas as áreas de taxiamento e do pátio das aeronaves. As obras devem ser concluídas em até 120 dias.
O aeroporto está fechado desde maio de 2020 por causa das más condições da pista. Do valor total do investimento, R$ 12 milhões são oriundos de repasse da União, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), e R$ 1,2 milhão relativo a contrapartida do estado.
“O aeroporto do Vale do Aço é extremamente importante para aquela região porque, hoje, temos uma dificuldade enorme com o transporte rodoviário, devido à BR-381 não atender adequadamente ao usuário. Fico muito satisfeito de dar início agora a esta obra, que vai possibilitar a retomada integral dos voos para aquela região”, afirmou o governador.
O secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, disse que o aeroporto é o quinto maior do estado em termos de movimentação de passageiros e que, devido aos problemas na pista, precisou ter as suas atividades interrompidas, causando transtornos e dificuldades para a região.
“Em conjunto com as obras, estamos fazendo a contratação do plano diretor do aeroporto. Com isso, será possível buscarmos mais recursos para a melhoria do terminal, de toda a infraestrutura do aeroporto e, consequentemente, do atendimento aos usuários. O objetivo é entregarmos um equipamento preparado para contribuir substancialmente com o desenvolvimento econômico de toda a região”, explicou.
Plano diretor
Além das obras, outra medida que vai contribuir para alavancar o desenvolvimento do aeródromo é a contratação do Plano Diretor do Aeroporto Regional do Vale do Aço.
Conduzido pela Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço (ARMVA), o plano consiste em uma série de estudos e avaliações das potencialidades para o desenvolvimento do aeroporto. O documento vai orientar a captação de investimentos em expansão e modernização do equipamento.
A expectativa é a de que o Aeroporto Regional do Vale do Aço possa atrair empresas aéreas, gerando competitividade, redução das tarifas e integração da região à malha aérea nacional.
A história do aeroporto
Criado em 1959 e em operação desde 1977, o Aeroporto de Ipatinga (SBIP) foi projetado pela Usiminas, inicialmente para servir aos funcionários da siderúrgica. Situado a 7 quilômetros de Ipatinga, em Santana do Paraíso, o aeroporto atende à Região Metropolitana do Vale do Aço e ao colar metropolitano, onde se concentram grandes indústrias, como Usiminas, Cenibra, Aperam e ArcelorMittal.
Devido à sua localização, o aeroporto tem uma boa parcela de contribuição no crescimento da Região do Vale do Aço, sendo uma das principais formas de acesso de empresários e funcionários dos complexos industriais locais. Desde 2019, o equipamento passou por algumas interdições temporárias devido às condições precárias das pistas até maio de 2020, quando foi completamente fechado. Foram realizados reparos, mas, desde então, o governo buscava apoio financeiro para intervenções robustas e definitivas no local.