Dados sobre contágio e internações por COVID-19 em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, demonstram que as restrições de circulação entre fevereiro e abril deste ano ajudaram a desafogar o sistema de saúde. A queda da fila por leitos de UTI, por exemplo, foi de aproximadamente 75%. Nesta semana, o comércio pôde voltar a atender presencialmente.
Segundo informações disponibilizadas pela Prefeitura de Uberlândia, hoje há menos 50 pessoas na fila aguardando por uma UTI para tratamento de casos graves de COVID-19. No início de março, esse número era de mais de 200 pacientes. Em igual período, a quantidade de internados na Unidades de Atendimento Integrados (UAIs), porta de entrada da rede municipal de saúde, era de 450 pessoas. Esse número reduziu pela metade e há pouco mais de 200 internados nessas unidades. Esses números incluem pacientes com coronavírus e outros problemas de saúde.
A proliferação do vírus também sofreu impacto na taxa de positividade. Na semana de 22 de fevereiro, a taxa de positividade na cidade era de 39,6%, o que significava que a cada 100 suspeitos examinados quase 40 testavam positivo. Já na semana de 29 de março, o índice caiu mais de 10 pontos percentuais, para 29%. Ou seja, a cada 100 suspeitos, 29 testaram positivo.
As reduções coincidem com o fechamento da cidade, período que durou quase um mês e meio. Nesta semana, o Executivo informou que flexibilizaria parcialmente as atividades com a justificativa de tanto na rede pública quanto na rede privada haveria diminuição da fila de espera para leitos e tendência de queda na incidência de casos na cidade. Porém, não haviam sido liberados dados sobre o assunto.
Ainda foi informado que houve redução de 85% na demanda por transferência a partir das UAIs para UTIs de hospitais e de 77% na fila de espera por enfermarias em hospitais.
Cenário
Apesar de os números demonstrarem reduções importantes, no mês de abril, a média de mortes foi de 15 por dia, chegando a 122 óbitos por COVID-19 em 8 dias. Uberlândia se aproxima de 2 mil óbitos por coronavírus e quase 85 mil casos confirmados de contaminação. Desde o início de março a cidade ainda tem 100% dos leitos de UTI ocupados na rede pública.
Com o comércio voltado a funcionar, mesmo que parcialmente, a orientação continua sendo de cuidados como distanciamento, uso de máscaras e de higienização de mãos constante. Além de se manter em casa e sair apenas em casos de necessidade. A cidade ainda tem toque de recolher entre 20h e 5h.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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