O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, disse, nesta sexta-feira (9/4), que a morte de Lorenza de Pinho, ocorrido na semana passada, gera suspeitas de que tenha sido crime de feminicídio, o que implica o marido da vítima, o promotor André Garcia de Pinho.
Ele acredita que somente quando tiver em mãos o laudo pericial e o exame de corpo de delito de Lorenza, realizado por peritos do Instituto Médico Legal (IML), o caso poderá ser definido. O procurador
fez nesta sexta-feira uma coletiva para explicar o andamento das investigações.
Segundo o procurador-geral, o caso segue em sigilo. “Somente esse exame poderá definir as causas da morte de Lorenza, se foi por indícios que comprovem um feminicídio, no caso asfixia, ou se a morte aconteceu por outro motivo”, diz Jarbas Soares Júnior, responsável pela condução do caso.
Ele explica que as investigações têm a participação de um procurador, três promotores criminais e o corpo da Polícia Civil e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), incluindo peritos do IML.
“Temos o respaldo do Poder Judiciário para essa investigação. É um caso que constrange a todos no Ministério Público. Estamos usando os meios possíveis, mas tudo vai depender do exame pericial de corpo de delito. O objetivo é chegar à verdade”, afirma.
O promotor André Garcia de Pinho, segundo o procurador-geral, segue preso preventivamente, no Corpo de Bombeiros. “A prisão se faz necessária, inclusive para preservar o promotor."
“Essa morte choca a todos. Ela era uma mulher nova. Tinha cinco filhos. O Ministério Público toma todas as providências e conta com a Polícia Civil. Esperamos pela conclusão do laudo pericial. Estamos procurando, também documentos que nos ajudem a esclarecer o caso. Tudo será decidido pela prova técnica”, disse o procurador-geral.