Um estudo feito pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal) mostrou que as mortes por COVID-19 no Sul de Minas somam mais de 30% que outras causas no Sul de Minas. O índice aponta uma emergência sanitária jamais vista na história do estado.
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Os dados, baseados nos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), apontam que a média móvel semanal de casos no Sul do estado continua acima dos mil, sendo 1.089 infectados na última quarta-feira (7/4).
“Isso projeta de 20 a 30 mortes em média por dia na região e em torno de 70 internações diárias. As internações só começarão a diminuir dentro de pelo menos 10 dias e a mortalidade após mais duas semanas’, diz estudo.
Segundo o estudo, o número de mortes pelo novo coronavírus representa sozinho 30% ou mais das mortes provocadas por todas as outras causas juntas no Sul de Minas. “Para se ter uma ideia do impacto das mortes por COVID-19, antes da pandemia ocorriam em média 60 óbitos diários em todo o Sul mineiro, o que configura uma emergência sanitária jamais vista na história do estado”, aponta.
Ainda de acordo com o estudo, entre os 10 municípios com maior população da Região Sul, Varginha, Itajubá e Alfenas tiveram diminuição de casos. Poços de Caldas, Pouso Alegre e Três Corações se mantiveram na média. Já Passos, Lavras, São Sebastião do Paraíso e Três Pontas apresentaram crescimento de pessoas infectadas.
“A onda roxa no Sul de Minas foi mais positiva nos municípios com 30.000 habitantes ou mais. Dentre esses, houve melhora em 74%, com diminuição de novos casos. Mas, nos menores essa melhora foi de 47% e 51%, respectivamente naqueles com menos de 20 mil habitantes e de 20 mil a menos de 30 mil. Ocorreram avanços, mas é cedo para se dizer que a situação está controlada. É necessário manter a tendência de queda de novos casos, especialmente num quadro em que as variantes mais transmissíveis avançam”, alerta.
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