“Estamos todos abalados com tanta morte perto da gente” desabafa a cabeleireira Carmem Gleisiane Gonçalves, ao lembrar dos dias em que cuidou da irmã, vítima da COVID-19. A moradora de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, conta que em março a irmã contraiu a doença e foram momentos de tensão, com medo de que algo pior acontecesse à irmã e também de pegar a doença.
“Fui bem orientada pelo Cear sobre os cuidados relacionados à minha irmã. Hoje, ela está curada. Mas o meu psicológico na época foi abalado, o paciente fica mal, mas a família também tem abalos”.
A cabeleireira ficou feliz ao saber que, desde quinta-feira (8/4), casos como o dela poderão receber ajuda profissional da rede de atendimento do Centro de Atendimento Remoto (Cear). O serviço de atendimento foi ampliado e os familiares das vítimas da COVID-19 internadas na cidade poderão contar com o apoio profissional, que será de forma presencial e também na modalidade remota.
De acordo com a Secretaria de Saúde, participam deste programa técnicos em saúde, assistentes sociais, psicólogos e os serviços vão funcionar todos os dias da semana, das 8h às 19h.
No atendimento psicossocial é trabalhado o acolhimento das famílias, que também são acometidas de perdas emocionais, financeiras e ficam estruturalmente abaladas pelos efeitos sociais da pandemia.
Segundo o secretário de saúde, Gilson Urbano, a ampliação do atendimento é uma estratégia de apoio à população da Secretaria de Saúde, que reúne profissionais de nível superior para apoiar emocionalmente no amparo dessas famílias em um momento de dificuldade.
“Com o elevado número de pessoas internadas, os boletins médicos, que são passados uma vez ao dia, muitas vezes não alcançam todos os familiares e muitos deles procuram o hospital em busca de notícias dos seus entes. É importante termos esse serviço para orientar os familiares”.
Ainda segundo Urbano, é fundamental um suporte adequado e necessário para sua recuperação digna e humanizada tanto do paciente quanto dos familiares. Desta forma, o serviço garante apoio individualizado aos familiares, que recebem orientações e esclarecimento sobre as condições e tratamento recebidos pelo paciente e assim podem sentir melhor acolhidos.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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