Menos de 24 horas depois de autorizar o funcionamento do comércio em Ipatinga, por meio do Decreto Municipal 9.636, a prefeitura será obrigada a obedecer as determinações da onda roxa, a mais restritiva do programa Minas Consciente. Assim, terá de mandar os lojistas baixarem as portas novamente.
A decisão que obriga o município de Ipatinga a respeitar a onda roxa foi proferida nesta sexta-feira (9/4), pelo juiz Luiz Flávio Ferreira, da Vara da Fazenda Pública e Autarquias, da Comarca de Ipatinga.
O juiz alegou que o município deve adotar ações coordenadas com o governo do estado e, com isso, assegurar o direito à vida. Lembrou que a Vara de Fazenda Pública recebe com frequência várias ações que cobram vagas em UTI para tratamento da COVID-19, via SUSFácil.
Na quinta-feira (8/4), ao anunciar a reabertura do comércio, o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes (PSL), disse que sua motivação era garantir o funcionamento das empresas que geram emprego e renda para um contingente expressivo de trabalhadores.
E disse que não estava deixando de lado o combate à COVID-19.
“Continuamos agindo em diversas frentes, visando conter o avanço do vírus, proteger a população das contaminações e também tratar os doentes. Ampliamos a cobertura vacinal e reestruturamos a rede de atendimento, intensificamos as campanhas voltadas para o respeito aos protocolos sanitários. Estamos nos esforçando para manter a fiscalização atuante mesmo com insuficiência de pessoal”, disse.
Ele afirma que, desde que o governo estadual ordenou as medidas restritivas da onda roxa, “o nosso dever de casa está sendo cumprido à risca. Em apenas 14 dias, Ipatinga reestruturou o sistema de saúde e o elevou a outro patamar. Portanto, hoje, no intuito de preservar a economia, iremos flexibilizar o funcionamento do comércio em nossa cidade”.
Sobre a decisão judicial que determina a obrigação de seguir a onda roxa, a prefeitura informou que vai cumpri-la, integralmente.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
- Veja onde estão concentrados os casos em BH
Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa
Animais de estimação no ambiente doméstico precisam de atenção especial
Coronavírus x gripe espanhola em BH: erros (e soluções) são os mesmos de 100 anos atrás