Belo Horizonte viveu sua pior semana da pandemia da COVID-19 em termos de registros de mortes pela doença. Desde segunda-feira (5/4) até esta sexta (9/4), a capital mineira computou 264 óbitos, mais que em seis dos 12 meses de pandemia na capital mineira.
As 264 vidas perdidas somadas nesta semana superam o total de óbitos de abril (15), maio (31), junho (88), outubro (228), novembro (166) e dezembro (227) do ano passado.
Com mais essas, a capital mineira soma 3.578 mortes. O número de casos é 154.964. Minas Gerais e o Brasil, em geral, vivem o pior momento da pandemia.
A semana ficou marcada também por mais um período de ocupação geral (SUS + hospitais privados) dos leitos de enfermaria e de UTI na zona crítica da escala de risco, acima dos 70 pontos percentuais.
A taxa global das UTIs sofreu quatro quedas consecutivos na semana, fechando em 92,8%. Porém, a situação do SUS se complicou nessa quinta (8/4) e nesta sexta, com duas altas consecutivas, finalizando em 96,8%.
No contexto geral, a cidade tem 1.074 vagas de terapia intensiva ocupadas e 83 sem paciente.
O percentual de uso global das camas de enfermaria também sofreu a quarta queda em sequência nesta sexta. A estatística está em 73,2%.
O quadro também é mais complicado na saúde pública, onde 74,2% dos leitos do tipo estão em uso. Nos hospitais privados, a ocupação é de 72,1%.
BH dispõe de 2.164 camas de enfermaria para pacientes com COVID-19. Dessas, 580 estão livres e 1.584 em uso.
A transmissão do coronavírus na capital mineira, o terceiro indicador fundamental da pandemia, caiu novamente nesta sexta. Esse foi o 18º balanço consecutivo sem alta no dado, que está em 0,93, o menor nível desde 9 de fevereiro.