Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: procura por internação nas UPAs de BH começa a cair

O movimento nas portas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais parece refletir a queda dos números das ocupação de leitos para pacientes da COVID-19. Porém, profissionais de saúde apontam medo para o novo 'boom' após os 10 dias seguintes da Semana Santa, período em que muitos belo-horizontinos não cumpriram o isolamento social para barrar a disseminação do novo coronavírus na cidade.



O Estado de Minas esteve na tarde desta segunda-feira (12/4) na UPA Norte, na UPA Venda Nova, no Hospital Risoleta Neves e na UPA Centro-Sul. 

Na UPA Norte, que fica na Avenida Risoleta Neves, 28, no Bairro Novo Aarão Reis, a reportagem flagrou, por volta das 14h, a circulação de pacientes com suspeita de COVID-19 aguardando atendimento. Mas ninguém aguardando vaga para internação. A reportagem apurou que a unidade continua cheia, mas trabalhando dentro da capacidade esperada. 

Na foto, movimentação de pessoas na porta da UPA Norte (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


Já na UPA Venda Nova, na Rua Padre Pedro Pinto, 175, no Bairro Venda Nova, nenhum paciente de COVID-19 estava na porta enquanto a reportagem estava no local. O movimento era tranquilo e muito diferente do cenário caótico visto nas últimas semanas.

Inclusive, nesta segunda-feira, a administração municipal anunciou que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) se reunirá com o comitê de enfrentamento à COVID-19 da prefeitura na quarta-feira (14/4). De acordo com o Executivo municipal, a melhora nos números relacionados ao coronavírus na capital de Minas Gerais motivam o novo encontro.



No Hospital Risoleta Neves, que fica na Rua das Gabirobas, 1, no Bairro Vila Cloris, a reportagem apurou que o movimento também caiu desde a última quinta-feira (8/4). Mas chama atenção o aumento dos números de casos mais graves e atingido pessoas cada vez mais novas. Os casos graves impedem a maior rotatividade de pacientes.

Na porta da ala que atende vítimas do novo coronavírus, a reportagem apurou que, nos últimos dois dias, quem apareceu em busca de internação teve atendimento imediato. Nesta segunda-feira (12/4), três pessoas aguardavam do lado de fora, sendo que uma estava com uma parente internada e as outras duas aguardavam familiares fazerem os exames para a possível detecção do vírus. Porém, o pequeno suspiro por parte dos profissionais de saúde do hospital pode durar pouco, pois eles temem um novo aumento devido a circulação de pessoas no último feriado.

Na foto, novimentacao de pessoas na porta da UPA Centro Sul (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


 O cenário era um pouco diferente na UPA Centro-Sul, na  Rua Domingos Vieira, 488, onde a circulação de pessoas era maior. A filha de uma das pacientes, que preferiu não dar entrevista, disse que chegou por volta de 12h para atendimento da mãe com suspeita de COVID-19. Por volta das 15h, ela aguardava os exames serem feitos para ela ser encaminhada para um leito de enfermaria do local. Segundo ela, a informação é de que há leitos disponíveis.



Um dos funcionários informou à reportagem que a demanda é grande, mas os profissionais de saúde conseguem assistir aos pacientes. Lá, o medo também ronda pelo possível aumento nos próximos dias.

 Vagas em UTI


 Na última sexta-feira (9/4), a ocupação geral dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para COVID-19 – soma entre a rede pública e a privada – registrou queda pela quarta vez consecutiva em BH. Porém, o indicador ainda decresce em velocidade lenta, continuando acima dos 90%. Neste último balanço, o dado é de 92,8% de ocupação. Para efeito de comparação, a taxa de uso global das vagas de UTI começou a última semana em 98,8%.

Desde então, a queda de seis pontos percentuais foi puxada pela abertura de 30 leitos do tipo na capital, quatro adicionadas no levantamento mais recente. A situação exige maior cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS), em que a taxa de ocupação é de 96,8%. Há apenas 18 leitos livres dos 570 disponíveis nas UTIs públicas.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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