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Estado de Minas PANDEMIA

Taxa de ocupação das enfermarias para COVID-19 deixa zona crítica em BH

Percentual de uso geral (SUS mais rede particular) das UTIs também atingiu seu menor nível desde 9 de março, mas continua na fase mais grave


12/04/2021 18:30 - atualizado 12/04/2021 19:30

UPA Norte, em Belo Horizonte: demanda de pacientes por leitos começa a cair na cidade(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
UPA Norte, em Belo Horizonte: demanda de pacientes por leitos começa a cair na cidade (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )

A taxa de ocupação geral (redes pública e particular) das enfermarias para COVID-19 deixou a zona crítica da escala de risco em Belo Horizonte nesta segunda-feira (12/4). O indicador está em 69,6%, abaixo dos 70% que determinam a fase mais grave. 

 

 

 

Esse é o menor nível do indicador desde 8 de março. No boletim anterior, divulgado na sexta-feira (9/4), o dado era de 73,2%, portanto houve decréscimo de quase quatro pontos percentuais.

 

A ocupação geral das UTIs também sofreu queda nesta segunda. O indicador diminuiu de 92,8% para 88,1% e alcançou seu menor nível desde 9 de março.

 

Ainda assim, a situação das UTIs continua sendo grave. O dado está acima dos 70% desde 25 de fevereiro, há 46 dias.

 

  

 

BH dispõe, no momento, de 1.157 leitos do tipo: 570 no SUS, onde a ocupação é de 92,3%, e 587 nos hospitais privados, onde a taxa de uso é de 84%. No contexto geral, 138 camas do tipo continuam sem pacientes, enquanto 1.019 estão ocupadas.

 

Outro parâmetro fundamental da pandemia, a taxa de transmissão do coronavírus caiu novamente na cidade: de 0,93 para 0,89. Esse é o menor nível desde 5 de fevereiro.

 

 

 

O fator RT está na zona controlada da escala de risco desde 5 de abril e não sofre aumento desde o balanço de 15 de março. Esses números comprovam a efetividade do fechamento do comércio para frear a proliferação do vírus na capital mineira.

 

Casos e mortes

 

Belo Horizonte registrou mais 78 mortes por COVID-19 nesta segunda. Esse foi o quarto maior aumento desde o início da crise sanitária. Os outros três recordes – 86, 90 e 92 – foram computados nos últimos 15 dias.

 

Portanto, a capital mineira já contabiliza o salto de óbitos do período em que o sistema de saúde colapsou, entre os dias 18 e 28 de março. Desde o começo da pandemia, BH computa 3.656 vidas perdidas para a virose.

 

O número de casos aumentou em 1.922, conforme o boletim da prefeitura. A cidade já atestou 156.886 infecções pelo novo coronavírus. Além das mortes, são 146.069 recuperados e 7.161 pessoas em acompanhamento.

 

No levantamento por regionais de Belo Horizonte, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 474, 14 a mais a Oeste. Na sequência, aparecem Nordeste (437), Centro-Sul (429), Barreiro (428), Leste (400), Venda Nova (370), Pampulha (333) e Norte (325).

 

No total, 1.952 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.704.

 

A faixa etária mais morta pela COVID-19 são os idosos: 83,26% (3.040 no total). Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,41% (535). Há, ainda, 77 óbitos entre 20 e 39 anos (2,21%), um adolescente entre 15 e 19 (0,03%), um pré-adolescente entre 10 e 14 anos (0,03%) e duas crianças entre 1 e 4 (0,06%).

 

Ainda conforme o boletim da prefeitura, 97% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.

 

 

Em BH, 112 pessoas sem fator de risco morreram por causa do coronavírus: 83 homens e 29 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos. 

 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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