Segundo o prefeito de Gonçalves, Márcio Donizetti de Oliveira (Cidadania), a primeira denúncia dizia que a servidora estava em uma festa para "50, 80 pessoas", mas que essa não é a verdade. “Quero que fique claro que não estou aqui para passar a mão na cabeça de ninguém. Tinham 11 pessoas nessa festa de aniversário, e pessoas que já têm uma convivência diária. Apenas duas pessoas eram de fora, sendo a irmã do proprietário da casa e o sobrinho. Mas tudo bem, um erro não justifica o outro. Ela realmente participou, está errado. Ainda mais diante do cargo que ela estava no momento”, afirma Márcio Donizetti em vídeo divulgado no Facebook da prefeitura.
Lilian, além de comandar a Vigilância Sanitária, também integrava a equipe que fiscalizava comércios e atrativos turísticos da cidade para fazer cumprir o decreto municipal, que proíbe qualquer evento que gere aglomeração a fim de evitar a disseminação da COVID.
Servidora é exonerada e recontratada
O prefeito explica que primeiro Lilian recebeu uma advertência e foi afastada da fiscalização da COVID, ficando apenas na Vigilância Sanitária. Porém, no dia seguinte, ele foi questionado pelo Conselho de Saúde sobre a permanência da servidora no órgão, uma vez que não seria possível desvincular a Vigilância da fiscalização da COVID.
Diante disso, Márcio Donizetti realocou Lilian Kelem Vieira para o cargo de chefe de gabinete da prefeitura. No entanto, a decisão dividiu opiniões entre a população de Gonçalves nas redes sociais. Enquanto alguns moradores criticaram a postura do prefeito, afirmando que a servidora foi promovida, outros defenderam que a decisão era uma forma de dar uma segunda chance à servidora.
O prefeito alega que Lilian Kelem não foi promovida, e que o salário dela será menor do que ganhava anteriormente. "Eu sei, e acredito que todos vocês que estão assistindo esse vídeo também sabem, que estão ocorrendo coisas que a gente não consegue fiscalizar: festas, churrascos com bebedeiras, que ainda são muito piores que uma festa de aniversário. Ela errou, mas seria injusto mandar ela embora nesse pensamento", justifica Márcio Donizetti.