O presidente do Sindicato dos Lojistas de Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, foi à prefeitura no início da tarde desta quarta-feira (14/4) para pedir a retomada da atividade comercial na cidade. Ele se encontrou com secretários do Executivo municipal e entregou a eles uma pesquisa do sindicato que aponta alto grau de endividamento e inadimplência do setor.
“Não temos condições mais de ficarmos fechados, precisamos abrir urgente. O Sindilojas fez uma pesquisa, vim entregar agora ao prefeito, o endividamento está enorme. As empresas estão devendo três a seis meses do seu faturamento, e vamos voltar a trabalhar e não vamos ter condições de vender o que vendia. Então, estamos empurrando um problema para dois anos. Pela primeira vez na história do comércio, o comércio não paga seus funcionários. 42% dos lojistas falaram isso na pesquisa”, afirmou ao deixar a prefeitura.
A visita do presidente do Sindilojas-BH aconteceu pouco antes de uma reunião do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 com o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD). No encontro, será definido se a capital mineira vai permitir a retomada das atividades consideradas não essenciais ou não.
Desde 13 de março deste ano, BH está praticamente fechada em decorrência da evolução dos casos de coronavírus. Praças públicas e pistas de atividades ao ar livre e funcionamento de certos serviços que estavam liberados, como retirada de comida na porta de restaurantes, são algumas das proibições mais recentes.
Quarto fechamento
Somente serviços considerados essenciais podem funcionar na capital desde 6 de março. Esse foi o quarto fechamento do comércio na cidade, com o começo da pandemia.
A cidade chegou a ter também toque de recolher das 20h às 5h a partir de 16 de março, medida proporcionada pela onda roxa do plano Minas Consciente, do governo de Minas. Contudo, a alternativa para conter a pandemia foi barrada após decisão judicial e posteriormente retirada do plano. A capital segue na onda roxa do programa estadual.
O boletim epidemiológico mais recente da cidade, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nessa terça-feira (13/04), indica que apenas o índice de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) COVID-19 está no vermelho, com 86,1%.
A ocupação de leitos de enfermaria caiu para 68,4%, na faixa amarela, e a transmissão está em 0,88, na faixa verde, o que indica controle. A capital mineira totaliza 158.533 casos e 3.708 mortes, segundo esses dados da Prefeitura de BH.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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