Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Corpo de mulher de promotor é sepultado em cemitério de Barbacena

Sepultado na manhã desta quarta-feira (14/4), no Cemitério Boa Morte, em Barbacena, o corpo de Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, mulher do promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que é investigado por suspeição da morte da esposa.





O sepultamento foi acompanhado pelo pai, Paulo, pela irmã gêmea de Lorenza, os cinco filhos do casal e parentes. “Estou emocionado. Meu desejo é que o caso seja apurado corretamente. Só peço justiça. Não é normal que uma pessoa de 40 anos morra por engasgo. Tinha duas filhas, agora tenho só uma e um enorme vazio dentro de mim. Uma parte de mim foi arrancada”, diz o pai.

 

A morte de Lorenza ocorreu em 2 de abril, no apartamento onde ela e o marido residiam com os cinco filhos, no Bairro Buritis, em BH. Segundo o marido, ela teria se engasgado enquanto dormia e foi chamado socorro para tentar salvá-la. No entanto, há suspeita de homicídio e por isso ele está preso desde 4 de abril.

 

O promotor ainda não se pronunciou. Apenas seu advogado, Robson Lucas, falou em nome do cliente e disse que Lorenza se engasgou enquanto dormia.

 

O caso está tendo uma dupla investigação, pois além da Polícia Civil, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) é que coordena o caso, tendo como responsável o presidente do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Filho.





 

O advogado de André de Pinho falou, também pela manhã, que o promotor manifestou desejo de ir ao sepultamento. Um pedido foi encaminhado ao MPMG, mas não houve resposta. O pedido chegou tarde ao MP, na noite de terça, e o advogado Robson entende que não houve tempo hábil para a apreciação do pedido.

 

O MPMG não se manifestou sobre o assunto. A expectativa da Polícia Civil é que o exame de corpo delito de Lorenza, considerado fundamental para se chegar à causa mortis, deverá ficar pronto em uma semana.

 

Ontem, foi revelado o conteúdo da certidão de óbito, que cita que a morte foi causada por pneumonite devido a alimento ou vômito e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas.

 

Segundo as investigações, nos últimos anos, a vida do casal foi bastante conturbada, tendo ambos, Lorenza e André, sido alvos de ameaças e ataques. Em princípio, o corpo, que tinha sido encaminhado a uma funerária, seria cremado no último dia 3. No entanto, por decisão do delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, que achou o caso suspeito, o corpo foi encaminhado da funerária para o IML.

 





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