A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ainda não definiu os rumos do comércio na capital. Uma reunião que começou nesta quarta-feira (14/04) pode se estender até sexta (16/04). De acordo com Estevão Urbano, médico infectologista membro do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de COVID-19 da capital, é preciso cautela.
“A decisão ainda não foi tomada, a reunião continua amanhã também. São muitos fatores envolvidos nisso, a falta de medicamentos é apenas um deles e também os números, as tendências, não estão muito claras pra gente. É preciso um pouco mais de conversa, de entendimento das tendências da estatística que estamos acompanhando e está demandando mais tempo. A decisão pode sair amanhã ou sexta... vai depender muito dos números e da nossa avaliação como um todo”, disse Urbano.
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Estevão reforça que a falta de remédios atrapalha em muito a possibilidade de flexibilizar as restrições. “Há o receio de que nós fiquemos sem os medicamentos para intubação, para manutenção do paciente em sedação, eventuais cirurgias, antibióticos para eventuais infecções que acontecem muito nesses pacientes”, disse o médico.
Sistema de saúde em alerta
“Qualquer estresse a mais no sistema, sem os medicamentos, pode ficar insustentável. O baixo número de medicamentos também compromete as decisões. É por isso que está demorando, muitas opiniões, muitas ideias, muitas incertezas. Temos um cenário com pouco mais de cautela ao se tomar uma decisão que tem que ser muito assertiva para evitar transtornos e riscos para a população”, afirmou.
O médico infectologista demonstrou que ainda não tem uma opinião definida sobre a abertura da cidade, assim como os colegas, e por isso a dificuldade da decisão.
“Estamos pesando todos os fatores e não dá ainda para ter uma certeza da abertura ou não, se há abertura e de quais setores etc. Tá tudo muito numa linha tênue e por isso há demora na decisão e isso está sendo feito com muita cautela. Não está sendo uma decisão fácil porque tem muitas coisas envolvidas”, finalizou.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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