A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) divulgou, nesta quarta (14/4), uma lista com "10 razões que permitem a reabertura do comércio" da capital mineira. O documento veio a público depois que a prefeitura anunciou que vai aguardar até esta sexta (16/4) para definir se haverá ou não flexibilização.
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Ou seja, ao contrário do quadro de duas semanas atrás, quando todos os dados estavam no estágio grave. Quanto as UTIs, a CDL destaca que o indicador está em “ritmo de queda”.
A entidade empresarial também aponta que o isolamento social em BH se manteve na faixa dos 45% durante toda restrição do comércio, “o que comprova de maneira evidente que o comércio não é o responsável por aglomerações”.
Outros dois fatores ressaltados pela CDL/BH são a “ampliação de 99,5%” no número de leitos de UTI e de 55% no total de vagas de enfermaria para pacientes com COVID-19 na capital mineira desde o início de março.
A Câmara dos Dirigentes Lojistas também aponta que a vacinação na capital mineira, apesar de não estar “no ritmo desejado”, está num “patamar um pouco acima da média de Minas Gerais e do país”.
Além desses pontos, a CDL enumera mais duas justificativas: as campanhas de conscientização da entidade junto aos lojistas e a colaboração do comércio “na preservação da saúde das pessoas”.
O nono ponto ressaltado pela entidade é aproximação do Dia das Mães. “Nos últimos 13 meses, já tivemos sete datas comemorativas. Dessas, cinco passamos de portas fechadas e outras duas funcionando com restrições”, justifica a CDL.
“Os justos não podem pagar pelos pecadores”, assim a entidade empresarial resume a situação da pandemia em BH. Segundo a CDL, a alta dos indicadores é puxada “pelo transporte público lotado, pelas festas clandestinas e pelas aglomerações irresponsáveis”.
Prefeitura adia decisão
Nesta quarta, o Comitê Extraordinário de Enfrentamento à COVID-19 da prefeitura se reuniu. Os infectologistas Unaí Tupinambás, Estevão Urbano e Carlos Starling e o prefeito Alexandre Kalil (PSD), porém, decidiram adiar a definição para esta sexta (16/4).
Um dos fatores apontados pela prefeitura pela indefinição é a falta de medicamentos primordiais para tratamento de pacientes com COVID-19 na capital.
“A decisão ainda não foi tomada, a reunião continua amanhã (quinta, 17/4) também. São muitos fatores envolvidos nisso, a falta de medicamentos é apenas um deles e também os números, as tendências, não estão muito claras pra gente”, afirmou Estevão Urbano.
“É preciso um pouco mais de conversa, de entendimento das tendências da estatística que estamos acompanhando e está demandando mais tempo. A decisão pode sair amanhã ou sexta... vai depender muito dos números e da nossa avaliação como um todo”, completou o infectologista.
Estevão reforça que a falta de remédios atrapalha em muito a possibilidade de flexibilizar as restrições. “Há o receio de que nós fiquemos sem os medicamentos para intubação, para manutenção do paciente em sedação, eventuais cirurgias, antibióticos para eventuais infecções que acontecem muito nesses pacientes”, disse o médico.
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Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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