Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Zema anuncia retorno da Grande BH à onda vermelha, com menos restrições

O governo de Minas anunciou, na manhã desta quinta-feira (15/04), o retorno para a onda vermelha da Região Metropolitana de Belo Horizonte e maioria das outras macrorregiões de Saúde que estavam na onda roxa do programa Minas Consciente a partir de sábado (17/04). Duas - Triângulo do Norte e Triângulo do Sul - já estavam na onda vermelha, e somente cerca de 40% do estado permanece no estágio mais crítico de restrições devido à pandemia de COVID-19.





O anúncio foi feito por meio de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, durante pronunciamento seguido de entrevista coletiva na Cidade Administrativa, sede do governo, em Belo Horizonte. O chefe do Executivo diz que a decisão acontece após bons resultados do período de maior clausura em todo estado.

"Graças ao esforço da onda roxa, que em algumas regiões já dura quatro semanas, em outras mais do que isso, obtivemos melhorias de indicadores e tudo aponta que continuaremos a ter, porque a pandemia, a questão dela, sempre tem um efeito retardado. De acordo com isso, com decisões técnicas da Secretaria da Saúde, estamos com várias regiões avançando da onda roxa para a onda vermelha, dentre elas a Região Metropolitana de Belo Horizonte e também a cidade de Curvelo, a microrregião de Manhuaçu e também o total da região Triângulo Norte e Sul, partes que ainda não estavam incluídas. As macro Jequitinhonha, idem, também, a macro Norte, lembrando que apenas parte dela estava, Sudeste e Sul. Então, o estado, provavelmente em termos de área, 60%, 70% dele está agora já na onda vermelha. Uma evolução muito grande", disse Zema.

Mudança anunciada nesta quinta coloca maioria do estado de Minas Gerais na onda vermelha (foto: Reprodução/Facebook Romeu Zema)
Zema também lembrou a importância de as pessoas continuarem se cuidando. Segundo o governador, a onda roxa foi um "extremo" e as prefeituras que agora estão na onda vermelha não devem comemorar esse avanço.



"Estamos longe de termos conforto, isso tem de ficar muito claro. Ainda temos um sistema hospitalar que opera com uma carga pesada, os profissionais de saúde estão cansados. As vagas são poucas, então nós temos de lembrar que precisamos continuar tomando todos os cuidados. Mais do que dobramos leitos de enfermaria, mais do que dobramos leitos de UTIs, tudo isso contribuiu muito. Mas, devido à grande quantidade de casos nesta segunda onda, precisamos ainda fazer uso de toda cautela. E essas regiões que estão migrando para a onda vermelha, quero deixar muito claro, não deveriam comemorar, deveriam estar pensando em como adotar medidas para que elas não precisem retornar para a onda roxa. Não estamos falando de situação confortável, estamos falando de situação que ainda demanda todos os cuidados necessários. A onda roxa foi um extremo, esperamos que os prefeitos, a população, tenha condição de estar contribuindo com essa melhoria", completou.
 
A decisão desta quarta passa as macrorregiões de Saúde Norte, Sul, Sudeste e Jequitinhonha e as microrregiões de Betim/Belo Horizonte/Nova Lima/Caeté, Vespasiano, Contagem, Curvelo e, na macro Central, Manhuaçu, na macro Mata, para a onda vermelha. As macro Triângulo do Norte, Triângulo Sul e Noroeste já estavam na vermelha, enquanto as demais permanecem na roxa por, no mínimo, mais uma semana.

Os municípios que estão inseridos na onda roxa têm diversas restrições nas atividades consideradas não essenciais e são obrigados a cumpri-las. Com isso, bares e restaurantes, cinemas, shoppings, academias, salões de beleza, lojas de roupas e calçados, parques, eventos e shows ficam, por exemplo, com alvará de funcionamento suspenso.




 
Já as cidades da onda vermelha poderão reabrir as atividades consideradas não essenciais, desde que cumpram regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas. Essa medida, contudo, é opcional a cada município, que pode gerir a retomada comercial à sua maneira.

Enquanto isso, segundo dados divulgados nesta quinta pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses), Minas chegou a 1.257.064 casos confirmados de coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020. O total de mortes em território mineiro chega a 29.105.

Nas últimas 24 horas, foram 9.806 registros que confirmaram a infecção por COVID-19. Já o número de óbitos entre essa quarta-feira (14/04) e esta quinta é de 469, de acordo com a Ses. Ao todo, 1.142.813 pessoas conseguiram se recuperar do vírus, enquanto 85.146 seguem em acompanhamento médico.

O governo de Minas também informa que 2.529.995 pessoas foram vacinadas contra a COVID-19 em no estado, com 864.604 tendo recebido a segunda dose do imunizante. O Executivo estadual diz já ter distribuído 5.102.862 doses.

audima