Por falta de medicamentos para intubação, o Hospital São José (HSJ), em Ituiutaba, não vai mais receber pacientes que necessitem da unidade de terapia intensiva (UTI), seja por COVID-19 ou demais problemas de saúde.
A situação só pode ser revertida, segundo a direção da unidade de saúde, se houver reabastecimento dos itens do chamado “kit intubação”. A suspensão, segundo responsável pela UTI COVID do hospital, foi última alternativa diante do desabastecimento.
A situação só pode ser revertida, segundo a direção da unidade de saúde, se houver reabastecimento dos itens do chamado “kit intubação”. A suspensão, segundo responsável pela UTI COVID do hospital, foi última alternativa diante do desabastecimento.
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O consumo de medicamentos para intubação cresceu de 600 ampolas para mais de 3 mil mensalmente no hospital durante a pandemia, o que significa um aumento de 400%.
“Não é por falta de gestão do hospital, tomamos todas providências para que isso acontecesse. Fizemos contatos com empresas. Se os medicamentos não chegarem não temos condições de fazer o tratamento”, lamentou o diretor do HSJ, Cleuson de Oliveira.
A direção do hospital informou ainda que existiam estoques de segurança e que até estes foram consumidos. “Desde fevereiro temos dificuldade de aquisição. No final de março o problema se agravou porque fornecedores simplesmente não têm os medicamentos. É disponibilizado um link para que preenchamos o estoque, e a Superintendência Regional de Saúde faz a distribuição por meio dessas informações. Mas a nossa demanda (atual) é muito grande e a gente não consegue manter os leitos”, disse a farmacêutica do hospital, Kátia Ferreira.
“Não é por falta de gestão do hospital, tomamos todas providências para que isso acontecesse. Fizemos contatos com empresas. Se os medicamentos não chegarem não temos condições de fazer o tratamento”, lamentou o diretor do HSJ, Cleuson de Oliveira.
A direção do hospital informou ainda que existiam estoques de segurança e que até estes foram consumidos. “Desde fevereiro temos dificuldade de aquisição. No final de março o problema se agravou porque fornecedores simplesmente não têm os medicamentos. É disponibilizado um link para que preenchamos o estoque, e a Superintendência Regional de Saúde faz a distribuição por meio dessas informações. Mas a nossa demanda (atual) é muito grande e a gente não consegue manter os leitos”, disse a farmacêutica do hospital, Kátia Ferreira.
Última alternativa
Segundo o médico responsável pela UTI COVID-19 no HSJ, Alexandre Coelho, a unidade passou por um período muito longo com todos os leitos ocupados e que não havia outra alternativa senão bloqueá-los nesse momento.
“Estão bloqueados até que recebermos esses medicamentos. Além desses leitos, há setores de cirurgias e todas fora suspensas a tempo. Essa decisão foi a última alternativa, bloquear leito de uti reflete na rede”, disse.
“Estão bloqueados até que recebermos esses medicamentos. Além desses leitos, há setores de cirurgias e todas fora suspensas a tempo. Essa decisão foi a última alternativa, bloquear leito de uti reflete na rede”, disse.
O médico conta que pior do que essa suspensão seria receber novos pacientes sem as condições de atendimento médico adequado. Nessa semana, uma paciente de enfermaria que piorou teve que ser levada para outra unidade de saúde com UTI disponível, contou o médico. “A gente estava optando por sedação alternativa, mas até neste caso também está complicado”, afirmou.
A regulação estadual está ciente de que o São José não vai receber novos pacientes.
Problema repetido
No dia 1º de abril, a direção do Hospital São José divulgou a escassez do kit intubação. “Ultimamente não se consegue a aquisição, devido à falta dos medicamentos nos fornecedores, em âmbito nacional”, afirmava a nota.
À época, já era alertado texto que mesmo adotando medidas, o desabastecimento colocava em risco pacientes na assistência em UTI. Um pequena remessa de 320 medicamentos enviada pelo governo estadual serviu para menos de duas semanas. Os produtos foram divididos por três hospitais de Ituiutaba.
À época, já era alertado texto que mesmo adotando medidas, o desabastecimento colocava em risco pacientes na assistência em UTI. Um pequena remessa de 320 medicamentos enviada pelo governo estadual serviu para menos de duas semanas. Os produtos foram divididos por três hospitais de Ituiutaba.