Um eletricista, de 35 anos, foi preso nesta quinta-feira (15/4), em Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste do estado, acusado de instalar câmeras para filmar mulheres dentro de banheiros femininos em diversos estabelecimentos da cidade. Até o momento, foram identificadas três vítimas, entre 22 e 37 anos.
Leia Mais
Vítimas de dono de lava-jato fazem tratamento para retomar vida normalEmpresário que espionava funcionárias em lava-jato ficou só 2 dias preso Dono de lava-jato assediava e molestava funcionárias durante o serviçoAs investigações começaram em fevereiro, quando uma das vítimas procurou a delegacia local para fazer a denúncia, segundo o delegado Lucélio da Silva.
Segundo levantamento, o suspeito era contratado para prestar serviços de eletricista em comércios e em repartições públicas do município. Enquanto permanecia nos locais, ele aproveitava-se do livre acesso e instalava as câmeras nos banheiros, com o objetivo de capturar imagens de mulheres que ali entrassem.
Tais câmeras, segundo as investigações, eram instaladas sempre pela manhã. Antes de deixar o local, já no final da tarde, ele as retirava, sem levantar suspeita. No entanto, não apostaria que uma das mulheres desconfiaria do equipamento deixado no banheiro, a uma certa altura.
“Ao ser questionado, o suspeito confirmou os fatos e informou que a caixa do equipamento utilizado para as gravações estava na casa de seus pais e que ele havia destruído o aparelho depois de ter se arrependido dos crimes cometidos. Contudo, após a equipe se deslocar ao local informado, o investigado resolveu entregar a caixa do equipamento aos policiais”, diz o delegado.
O delegado conta ainda que levantamentos apontaram que as câmeras teriam sido instaladas em dois estabelecimentos. Foi apreendido um celular com o suspeito, que foi encaminhado para a perícia. Ele espera ter indicação de outras vítimas, além do que for encontrado nas câmeras.
Haverá, também, uma investigação para saber se as imagens foram ou não veiculadas em redes sociais. O suspeito poderá responder pelo crime de registro não autorizado de intimidade sexual, previsto no art. 216-B do Código Penal, cuja pena pode chegar a um ano de prisão e multa.